As ações na Justiça Comum estão virando uma rotina nesse início de ano. Uma delas, em especial, a do advogado Luiz Paulo Pieruccetti Marques, chamou bastante a atenção. Irmão de Cláudio Roberto Pieruccetti Marques, ele também é sócio do clube da Gávea e colega de trabalho no Conselho da Procuradoria Geral do Estado, de Flávio Willeman, vice-presidente jurídico do Rubro-Negro.
Todas essas coincidências fizeram a maior Confederação Brasileira de Futebol suspeitar. A ação do advogado em questão foi uma das duas ações julgadas procedentes, tendo sido concedida, inclusive, liminar para a recuperação dos pontos retirados. O problema é que, pelo artigo 231 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, os clubes não podem recorrer à Justiça comum antes de esgotarem todas as possibilidades na esfera esportiva, sob pena de exclusão do campeonato.
De acordo com o portal Extra, embora as ações não estejam sendo movidas formalmente pelos clubes, a CBF está atenta à relação deles com os torcedores que estão entrando na Justiça, sobretudo por conta da profunda ligação do advogado Luiz Paulo Pieruccetti Marques com o Flamengo.
— Não posso raciocinar em cima de hipóteses, mas isso pode configurar infração disciplinar, de acordo com o artigo 231 do CBJD — afirmou Carlos Eugênio Lopes, diretor jurídico da CBF.