Como a Unimed detém 80% dos direitos de Thiago Neves, está nas mãos de Celso Barros a palavra final sobre a transferência do meia para o Al-Hilal, da Arábia Saudita, ou sua permanência no Fluminense. E os dois tiveram um rápido encontro neste sábado.
A vontade do camisa 10 é de definir logo sua situação, mesmo que com calma e sem qualquer tipo de pressão.
Enquanto não há um desfecho, Thiago Neves segue se recuperando de lesão na panturrilha esquerda.
É grande a possibilidade do Fluminense mandar três jogos do Brasileiro em julho no Estádio Mané Garrincha, em Brasília. E o gerente de arena do clube, Carlos Eduardo Moura, explicou a necessidade de se buscar lugares fora do Rio de Janeiro para receber as partidas do Tricolor. A procura é por uma boa renda.
– Estamos em busca de um estádio que possa nos trazer uma renda líquida boa com o público. Macaé recuou da oferta que havia feito para nós e o aluguel de São Januário é muito caro. Praticamente nos impede de ter uma boa receita. Por isso, vim a Brasília – disse.
Depois de reuniões na sexta-feira, o futuro de Thiago Neves ainda está indefinido. E quem dará a palavra final sobre sua saída ou não do Fluminense é Celso Barros. Isso porque a Unimed detém 80% dos direitos do apoiador e o presidente da patrocinadora pediu um tempo para tomar a decisão.
Na sexta, Barros se reuniu com Thiago Neves e toda a cúpula de futebol do clube para analisar os prós e os contras de uma possível transferência para o Al-Hilal, da Arábia Saudita. A tendência é que tudo seja sacramentado na próxima segunda-feira.
O Al-Shabab também fez proposta, mas Thiago Neves prefere o Al-Hilal, por já ter jogado lá, conquistado títulos, ser querido pela torcida e também pela diretoria. Os valores apresentados pelo ex-clube do camisa 10 agradaram ao Fluminense e à Unimed. Foram 6 milhões de euros, algo em torno de R$ 18 milhões, aproximadamente R$ 2 milhões a mais do que o Tricolor pagou em janeiro do ano passado para selar o retorno de Thiago Neves ao clube. Deste montante, o Fluminense ficaria apenas com cerca de R$ 3,6 milhões. O restante vai para a Unimed, que foi quem investiu na contratação.
Sem estádios no Rio de Janeiro, o Fluminense já estaria com quase tudo resolvido para mandar três jogos no Brasileiro no mês de julho em Brasília. E o secretário extraordinário da Copa no Distrito Federal, Cláudio Monteiro, mostrou grande empolgação com a possibilidade. Ele aposta em grandes públicos nas partidas do Tricolor no Mané Garrincha.
– Somos a capital com o maior PIB per capita do país. Se existe um evento de qualidade, o público vai comparecer – disse.
A Copa das Confederações está para terminar e cinco jogadores, entre eles dois do Fluminense, ainda não foram aproveitados em nenhum momento da competição. Tratam-se do goleiro Diego Cavalieri e do volante Jean, convocado para ser o reserva do lateral-direito Daniel Alves.
Fora eles, o também goleiro Jefferson, do Botafogo, o zagueiro Réver, do Atlético-MG, e o apoiador Jadson, do São Paulo, também ficaram no grupo dos “esquecidos”.
A possibilidade do Fluminense mandar todos os seus jogos de julho em Brasília cresce a cada momento. O Estádio Mané Garrincha já estaria, inclusive, reservado para o clube no próximo mês.
Para o negócio ser sacramentado, o Tricolor só precisa apresentar os documentos necessários.
As datas reservadas para o Fluminense no Mané Garrincha são nos dias 13, 21 e 31 de julho, dias dos jogos contra Internacional, Vasco e Cruzeiro, respectivamente.
A seleção fará na noite deste sábado o último treinamento visando à final da Copa das Confederações, no domingo, contra a Espanha, no Maracanã. E, como Felipão terá todos os jogadores à disposição, a escalação não terá qualquer modificação em relação aos últimos jogos. O time brasileiro será o mesmo de toda a competição e conta com o artilheiro do Fluminense, Fred, no comando do ataque.
Julio César, Daniel Alves, David Luiz, Thiago Silva e Marcelo; Luiz Gustavo e Paulinho; Hulk, Oscar e Neymar, Fred.
Depois de Wellington Nem, o Fluminense vive a iminência de perder também Thiago Neves, na mira do futebol árabe. Outro jogador que também pode deixar as Laranjeiras é Carlinhos, que interessa ao Galatasaray, da Turquia. Mesmo com a possibilidade de novas saídas, Abel Braga não parece preocupado. O técnico afirma estar satisfeito com o grupo que tem em mãos.
– Isso é uma coisa natural. Todo treinador de um grande clube brasileiro passa por este tipo de situação. Mesmo tendo alguns nomes que possam sair, nós não estamos descobertos. Não vai nos tirar noites de sono por causa disto – afirmou.
Depois de um período nos Estados Unidos, o Fluminense voltou aos treinos no Brasil com ênfase total para a parte física. De acordo com o preparador físico do clube Cristiano Nunes, tais trabalhos são naturais, uma vez que a equipe entrou em campo fora do país e agora o ideal é recuperar a melhor forma dos atletas.
– O período que passamos fora foi focado nos jogos-treino e em manter o ritmo de jogo dos atletas. Recuperamos alguns jogadores que não vinham atuando e amadurecemos alguns garotos da base. Agora, o direcionamento das atividades está para o treinamento. Começamos com uma prioridade nas atividades físicas, trabalhando a melhora dos níveis de força e o desempenho anaeróbico dos jogadores. No início da próxima semana também teremos um trabalho físico forte. Vamos aproveitar esse período da melhor forma possível para que tenhamos um segundo semestre muito melhor do que foi primeiro – disse.
