A partida da tarde desta quarta-feira terá um sabor especial para Manoel. Afinal, o zagueiro do Fluminense reencontrará o Athletico, clube onde foi formado. O defensor comentou o sentimento de rever o Furacão.
– Feliz em reencontrar o clube que me formou, como homem e como atleta. No momento mais difícil da minha vida, o Athletico me ajudou, que foi na morte do meu pai. E no ato de racismo também que aconteceu, a torcida ficou do meu lado. Sou muito grato por isso, pelo resto da minha vida. Então toda vez que revejo o Athletico e alguns companheiros que estão lá até hoje, como o goleiro Santos, fico muito feliz – recordou.
Manoel nasceu em Bacabal, no interior do Maranhão, mas desde os 16 anos já defendia o Athletico-PR nas categorias de base. Ele já jogava nos profissionais quando soube da morte de seu pai e, muito abalado, pensou em desistir da carreira com apenas 21 anos. Além do apoio da mãe, o zagueiro foi abraçado pelo clube para não abrir mão de seu sonho. Já a respeito do episódio de racismo foi num jogo contra o Palmeiras em 2010, pela Copa do Brasil. O então zagueiro alviverde Danilo xingou e cuspiu no defensor. Quase três anos depois, foi condenado pela 18ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo a pagar 540 salários mínimos (R$ 366 mil) na época, por injúria qualificada.
Porém, como atleta tricolor, Manoel promete deixar o sentimento de lado e projeta sair vitorioso do duelo.
– Agora estou no Fluminense, vamos tentar ganhar a partida porque a gente merece muito também, está vivendo uma fase muito boa, de competições importantes onde estamos crescendo muito – falou.