Criado no CT Vale das Laranjeiras, em Xerém, Alan Fialho tenta a vida no futebol polonês. Emprestado pelo Fluminense desde 2013 ao Arka, time da segunda divisão do país europeu, o zagueiro conseguiu a idolatria dos torcedores.
No Tricolor, foi capitão da Copa São Paulo de Futebol Júnior. Pelo desempenho que teve na competição e na pré-temporada, em parte feita na Polônia, recebeu duas propostas: ficar no time carioca e jogar pelo sub-20 ou ir para o Legia Varsóvia, clube europeu, atualmente, o campeão polonês. Optou pela segunda alternativa.
– A adaptação foi e ainda é difícil, especialmente pelo frio e pela língua. No Legia foi mais fácil porque lá tinham três brasileiros e três portugueses.
As atuações quase lhe renderam uma naturalização. Recebeu a notícia de que seria convocado para jogar na seleção polonesa. No entanto, quando estava indo para o hotel encontrar o resto do elenco, soube que sua convocação estava revogada. A mudança de ideia aconteceu porque o presidente da federação da Polônia tinha declarado meses antes que ninguém que não falasse polonês fluente jogaria na seleção, e, quando Alan foi convocado, muitos foram atrás do presidente para lembra-lo do que tinha dito.
– Foi bem ruim, porque criei uma grande expectativa. Falo pouco polonês, só o necessário. É uma língua difícil.
Em seguida, Alan Fialho rumou para o Arka e começou a ganhar a empatia dos torcedores. Foi eleito melhor jogador do time e melhor zagueiro da segunda divisão do futebol daquele país.
– Dizem que eu sou muito raçudo, e isso contagia os torcedores. Entrei no time titular como se fosse minha vida e o Arka começou a ganhar sem parar.