Atacante fechou com o Fluminense

Meu herói, meu bandido. Essa frase simboliza o que sinto a respeito do meu ídolo no Fluminense. Sim, meu ídolo! Herói pelas conquistas e, bandido, por momentos em que perdeu a cabeça.

 
 
 

Chegou em 2009 com festa no Salão Nobre das Laranjeiras e muita esperança foi depositada. Num ano difícil dentro de campo, liderou o time numa arrancada jamais vista no futebol mundial e que, dificilmente, acontecerá novamente. O Fluminense se livrou de um rebaixamento quase certo. Dá para dizer que aquele feito foi um título. Naquele ano, Fred disse que em 2010 o caneco do Brasileirão seria nosso. Dito e feito! Não foi a única estrela daquela conquista, mas lá estava.

Dias antes de selar a permanência na série A, no empate com o Coritiba que culminou numa guerra, com invasão ao campo pela torcida do Coxa, disputamos a final da Sul-Americana. Infelizmente, faltou pouco e o “bandido” acabou perdendo a cabeça num momento crucial do jogo. Uma pitada de vilão para o herói de muitos outros momentos.

Em 2012 foi o melhor jogador do país, quando o Fluminense buscou o tetra e ainda se consagrou artilheiro da competição. No mesmo ano, ainda conquistamos o Campeonato Carioca. Seria essa a melhor temporada da nossa história? Com 32 anos de idade, eu, particularmente, nunca vivi um momento mágico como aquele.

No ar, Fred marcou um golaço no Flamengo

Como não lembrar dos Fla X Flu’s, como aquele do centenário com direito a gol de voleio no Engenhão. Bicicleta, contra o Botafogo, maior vítima do Don Fredon. O Vasco também sofreu. Fred pegou rivais cariocas e no país inteiro. Nem mesmo o seu suposto time do coração, o Cruzeiro, escapou das garras do nosso guerreiro.

Representou o Fluminense em 2013 na Copa das Confederações conquistada pela nossa seleção, com direito a dois gols na final contra a poderosa Espanha de Xavi, Fernando Torres, Piqué e muitas outras estrelas. É, meus amigos! Os nossos rivais gritaram “O Fred vai te pegar!” no Maracanã.

Fred eternizou no Flu durante as suas comemorações um gesto que fez logo na estreia dele contra o Macaé, em partida pelo Carioca. Jogando os corações para a torcida tricolor, nascia naquele momento um novo ídolo. Chuto que desde o gol de barriga em 95 não tínhamos uma referência.

Em 2016, foi praticamente fritado no clube pelo grupo de gestão do Fluminense e pelo presidente Peter Siemsen, que comemorou a saída de Fred. Peter, aquele mesmo que conseguiu encerrar parcerias de décadas, como as de Adidas e Unimed. Esse mesmo grupo, nos dias de hoje, acompanha pelos jornais especulações de que o terceiro maior artilheiro do Fluminense pode se transferir para o Flamengo. Lá ele teria sido escolhido por Rodrigo Caetano e cia para substituir Guerrero, punido por doping.

A possibilidade de ver o Fred vestindo preto e vermelho me dá vontade de desistir do futebol. Pelo menos por um longo período. Tenho certeza que se houvesse uma proposta tricolor para que voltasse para casa, não pensaria duas vezes. Mas o que esperar de uma administração que a cada ano que passa consegue apequenar o Fluminense?

Por aqui, faço um apelo. Tragam o Fred de volta! Vaidades e contenção de despezas de lado para salvar a imagem do maior ídolo que o Fluminense, até então, tem. Até porque, ídolo não é custo, é lucro. Façam com Fred o que pretendem com Henrique Dourado. Uma imagem ainda mais forte e identificada com o verde, branco e grená para geração de receitas fora de campo e vitórias dentro dele.

O retorno do Fred também mataria “dois coelhos”. Minimiza o problema de diversos jogadores não quererem jogar no Fluminense, por conta dos problemas que estamos cansados de conhecer. Atuar ao lado do Fred é um ponto positivo. E um atleta do nível dele chama atenção de patrocinadores. Quem sabe também algum parceiro que já estampa a nossa camisa hoje em dia não se interesse em ajudar a pagar os salários, usando a sua imagem como garoto propaganda?

E mais! Encerram os contratos em dezembro de vários atletas. Pierre, Wellington Paulista, Renato, Matheus Phillipe. Somados, é uma economia de pelo menos 700 mil reais.

E deve acontecer uma debandada do elenco atual. Scarpa e Henrique estariam próximos de sair para jogar em solo paulistano. O Grêmio de olho em Henrique Dourado….

Acorda, Fluzão!

Saudações!