Aos 27 anos, Marlon está bem perto de ser confirmado como reforço do Fluminense, clube pelo qual foi revelado. Recorda reportagem do site ge que, desde a sua saída, em 2016, já movimentou mais de R$ 150 milhões no mercado europeu, passou por altos e baixos além de ter defendido a seleção brasileira olímpica.
Confira abaixo a retrospectiva na íntegra publicada pelo portal:
Ascensão relâmpago e seleção olímpica
Moleque de Xerém, Marlon surgiu como uma joia ainda na base. Em 2013, ele fez parte do time campeão da Al Kass Cup (uma espécie de mundial de clubes sub-18 da época), realizada no Catar, superando times como PSG, Real Madrid e Inter de Milão. Chegou à seleção brasileira sub-20 e estreou no profissional do Fluminense com apenas 18 anos.
Em dois anos no time principal, Marlon disputou 71 jogos com a camisa tricolor, sendo 64 como titular. Surgiu tão bem que em 2015 foi convocado por Dunga para a seleção olímpica, mas acabou não indo para as Olimpíadas do Rio de Janeiro no ano seguinte porque perdeu espaço no Fluminense com a chegada do técnico Levir Culpi em 2016. No mesmo ano, foi vendido ao Barcelona, da Espanha.
Altos e baixos e R$ 156 milhões na Europa
Marlon viveu um início difícil no futebol europeu. Como não vinha jogando em seus últimos meses no Fluminense, ele foi contratado pelo Barcelona, só que para o time B. Das 30 partidas pelo clube espanhol, apenas três foram na equipe principal. Uma delas foi na goleada por 4 a 1 sobre o Las Palmas no Campeonato Espanhol, quando entrou de última hora no lugar do vetado Mascherano, que o elogiou ao vê-lo em ação na partida.
Em 2017, foi emprestado ao Nice, da França, onde começou a se firmar na Europa. Dos 53 jogos do time naquela temporada, atuou em 27, sendo 25 como titular. O desempenho despertou o interesse do West Ham, da Inglaterra, mas o Sassuolo, da Itália, é que venceu a concorrência para comprá-lo. Foi no clube italiano que viveu a maior sequência: foram 66 partidas em três anos e um gol marcado, em belo chute de fora da área no empate em 2 a 2 com o Bologna, pelo Campeonato Italiano.
Contratado pelo Shakhtar Donetsk em 2021, Marlon conquistou o seu primeiro e único título até aqui na Europa com o clube ucraniano: como titular, foi campeão da Supercopa da Ucrânia em cima do Dynamo Kyiv. Também caminhava para conquistar o Campeonato Ucraniano na liderança, mas a competição foi encerrada sem um vencedor devido à guerra do país com a Rússia.
Mas acabou marcado por uma falha na Liga dos Campeões: na derrota por 2 a 1 para o Real Madrid na Espanha, o zagueiro perdeu uma bola para Vinícius Junior no lance do primeiro gol do jogo. Por causa da guerra entre Rússia e Ucrânia, retornou à Itália por empréstimo e defendeu o Monza na última temporada, onde fez 30 dos 41 jogos da equipe, entre Campeonato Italiano e Copa da Itália.
Ao todo, ele movimentou R$ 156,6 milhões, somando as cotações de cada negociação. Marlon foi vendido pelo Fluminense por € 5,4 milhões de euros (R$ 18,5 milhões) em 2016. Foi vendido pelo Barcelona em 2018 por € 6 milhões de euros (R$ 26,5 milhões) por 50% de seus direitos econômicos. Teve a outra metade dos direitos adquiridos pelo Sassuolo em 2020 por mais € 6 milhões de euros (R$ 40 milhões). E foi comprado pelo Shakhtar por € 12 milhões de euros (R$ 71,6 milhões) em 2021.
Eleito para a “seleção de Xerém”
Em 2020, durante a paralisação do futebol na pandemia da Covid-19, o ge fez uma enquete para a torcida montar uma seleção de Xerém, só com jogadores revelados pelo clube (Thiago Silva não estava entre as opções porque, apesar de ter sido formado no clube, ele foi revelado no profissional pelo RS Futebol). E Marlon foi o escolhido pelos tricolores para uma zaga ao lado de Ibañez e se mostrou emocionado, falando já na ocasião em um dia voltar ao clube:
– Fico muito feliz e honrado por ser apontado como um dos melhores zagueiros revelados no Flu. Me sinto muito bem com isso, é motivo de orgulho, de reconhecimento do povo tricolor. Fico muito feliz de verdade. Espero que um dia possa voltar para dar ainda mais orgulho a essa nação tricolor – afirmou, há três anos.