Os rumos do futebol brasileiro até o fim de 2020 podem começar a ser definidos em duas reuniões por videoconferências a serem realizadas nesta semana. A primeira será na terça-feira, com a presença da Comissão Nacional de Clubes (mais de 30 clubes juntos). Na pauta estará a venda de direitos internacionais do Campeonato Brasileiro. Há seis propostas colocadas na mesa e a CBF, em princípio, abre mão de participação.
Por mais que num primeiro momento os clubes saibam que terão de dar uma degustação (preço barato e exibição do futebol nacional no exterior), esta situação é vista como uma forma de ganhar dinheiro a médio e longo prazo. Mesmo que a venda dos direitos para fora seja a pauta principal, com mais de 30 dirigentes, além do secretário-geral da CBF, Walter Feldman, na conversa, é inevitável que não se comece a traçar ao mínimo uma projeção de quando a bola poderá voltar a rolar. Seja em maio, junho ou no final do ano.
A outra conversa será na quarta, mas será da Federação Paulista de Futebol (FPF). Reinaldo Carneiro de Bastos, presidente da entidade, estuda a ideia de recomeçar o Estadual de São Paulo na segunda quinzena de maio. A ideia é levar todos os jogos para uma ou duas cidades do interior, realizar seis rodadas em três semanas com portões fechados e confinar os jogadores em suas concentrações. O risco de contágio pelo novo coronavírus seria mínimo. Clubes como São Paulo e Palmeiras, por exemplo, não aprovam. Já os pequenos, desesperados por receitas, querem retomar a competição o quanto antes.
Nenhuma decisão em qualquer sentido será fácil, mas o resultado das duas reuniões poderá dar uma boa norteada sobre como, onde e quando o futebol no Brasil poderá recomeçar.