O grupo Unido e Forte, de maneira oficial, comunicou que deixou de apoiar a gestão do presidente do Fluminense, Pedro Abad, entre eles o vice-presidente geral, Carlos Eduardo Cardoso, o Cacá. E, além disso, pedem a renúncia do mandatário. Mas na prática, os dirigentes continuam na gestão, pois não deixaram seus cargos.
Todos os cinco vice-presidentes pertencentes à Unido e Forte continuam. Além de Cacá, estão lá Diogo Bueno (Finanças), Idel Halfen (Marketing, Publicidade e Relações externas), Miguel Pachá (Interesses legais) e Sandor Hagen (Governança).
Na última sexta-feira, nas Laranjeiras, foi realizada uma reunião do Conselho Diretor, que reúne todos os vice-presidentes do Fluminense. O encontro já estava marcado previamente e acabou coincidindo com o dia seguinte à divulgação da carta de ruptura da Unido e Forte. O evento ocorreu de forma tranquila. Ao final do compromisso, todos os vice-presidentes assinaram uma nota de apoio a Pedro Abad publicada no site oficial do clube.
Se na cúpula nada mudou, fora dela o impacto pode ser grande. O maior reflexo da decisão da Unido e Forte deve ser sentido, na verdade, no Conselho Deliberativo. Sem os votos dos conselheiros do grupo de Cacá Cardoso, Abad pode ver as contas de Peter Siemsen serem reabertas — o que representaria um desgaste ainda maior para ele, presidente do Conselho Fiscal no período. O Flusócio, seu grupo e que formou a base de apoio do ex-presidente, também seria prejudicado.
A permanência dos vices na gestão e o pedido de renúncia de Abad fazem sentido, já que se o presidente deixar o cargo, quem assume é Cacá Cardoso. A requisição de um impeachment provocaria novas eleições e todos perderiam seus lugares no conselho diretor.