Por mais que no Palmeiras e os advogados de Gustavo Scarpa tenham questionado, o vice-presidente jurídico do Fluminense, Miguel Pachá, entende que a CBF agiu com correção ao retirar do Boletim Informativo Diário (BID) o vínculo do jogador com o clube paulista tão logo o Tricolor derrubou sua liminar na Justiça. O dirigente do Flu explica a procedência do processo.
– Muito se tem falado sobre o proceder da CBF, de tomar a medida antes de sair o acórdão. É normalíssimo. A CBF agiu como deve ser. Se o advogado do atleta tivesse comparecido ao tribunal, saberia. A CBF deu seguimento normal. Ontem na publicação do acórdão isso ficou claro. Tem muito mais envolvido. Você não pode usar a lei para tirar um jogador de graça e prejudicar uma instituição. O Scarpa, com seus advogados, recorreu ao TST em Brasília, um procedimento normal, mas foi indeferida (a ação). O processo segue. É um processo que não tem vencedores. É indesejado tanto por ele quanto por nós esse processo. Nós queríamos que o Scarpa, pelo jogador que é, pelo que trouxe ao Fluminense e recebeu do clube, a projeção, chance na seleção, tivesse saído de forma bacana, com homenagem da torcida, pela porta da frente. Pegar um determinado aspecto sem que instituição fosse indenizada, parece incorreto. Aí vêm alguns pra falar que o Fluminense é o rei do tapetão. Não é isso. O Fluminense jamais entrou na Justiça contra qualquer decisão, só luta quando acha que tem de ir atrás dos seus direitos. Muito se falou que o Scarpa tinha razão e essa razão está sendo analisada. Não queremos nem que seja assim. O Fluminense, o Palmeiras e o Scarpa devem ir adiante – opinou.