Reunião do Conselho está acontecendo neste momento
A reunião do Conselho Deliberativo do Fluminense já começou nesta segunda-feira (14). Matheus Montenegro, vice-presidente do clube, deu início ao evento com uma apresentação, esclarecendo alguns pontos sobre o projeto de SAF do Tricolor das Laranjeiras.
Primeiramente, ele informou que ainda não há propostas de compra. Em seguida, o vice apresentou o que já aconteceu no processo de busca do BTG atrás de investidores.
– Nós entendemos que precisava de um assessor financeiro externo para analisar as condições do clube e para buscar alguma proposta em que a gente tivesse um aporte relevante de capital. Essa era a ideia. A ideia de que para o Fluminense seguir sendo competitivo e financeiramente sólido, é necessário um dinheiro novo, que entrasse por um terceiro.
– Então nessa primeira fase, o BTG analisou os números do clube, obviamente de forma preliminar, e a gente tentou construir uma operação de dívida. Ou seja, uma operação em que a gente pudesse buscar recursos no mercado sem fazer uma operação de equity, sem vender nada do clube, o objetivo era isso.
– Qual foi o impedimento quanto a isso no ano passado? O impedimento era garantia. A gente sabe que o Fluminense tem, como ativo, o Estádio das Laranjeiras, a gente tem a base, como ativo jogadores, mas o fato é que não há, não havia segurança para qualquer pessoa de colocar um dinheiro aqui e saber como aquele dinheiro seria pago. Além disso, tem uma questão relevante que é: a gente estaria fazendo uma dívida, ou seja, uma dívida que a gente iria prolongar ao longo do tempo, mas não deixaria de ser uma dívida.
– A conclusão nesse momento, era de que uma operação de dívida não funcionaria. A gente sabe que numa associação a gente não têm acesso ao mercado de capitais, diferente de tudo que acontece com uma empresa. Então também analisamos essa operação, seja permanecendo como associação ou de uma SAF, mas uma SAF sem venda de equity, uma SAF semelhante à do Fortaleza por exemplo, em que 100% é controlado pelo clube e esse modelo não funcionou.
– Depois disso, a gente partiu para um momento de criar, de buscar uma operação, tendo que estudar uma operação em que haveria uma transformação em SAF, mas com uma venda minoritária das ações dessa SAF. Ou seja, a associação, clube, Fluminense, continuaria como sócio majoritário e teria um investidor sendo minoritário.
– E depois do banco sondar o mercado, e é muito importante assim: qual é a função do BTG nisso? É uma função de investiment banking, ele é contratado pelo clube para buscar um investidor, essa é a função que o banco faz aqui. E aí eles fizeram uma sondagem no mercado sobre essa operação e não teve interessados com o argumento de que não fazia sentido ter uma entrada relevante de capital sem ter o controle do clube.
– E nesse momento, quando a gente toma a decisão de autorizar o banco a ir ao mercado com a proposta de venda majoritária da SAF, o presidente Mário deu uma entrevista dizendo que tinha autorizado. Então seguimos com essa operação com o banco BTG, que continua em busca desses investidores. Então para ficar bem claro, hoje não tem nenhuma proposta. Por que que o Fluminense não falou antes? Porque a gente sabe que no mercado, quando se fala muito, atrapalha. É lógico que tem um momento certo de falar, hoje, a gente não tem uma proposta, quando tiver, ela vai ser apresentada aqui.
– Mas a questão é que até você construir um modelo que faça sentido, demora e, como o Fluminense tem uma visibilidade muito grande, como é futebol, é Brasil, isso atrapalha o dia a dia da operação. Isso não significa que não tem transparência, pelo contrário, não teria transparência se nenhum documento fosse apresentado. E já adianto a vocês, a decisão final sobre ser SAF ou não, é dos sócios do clube, quais sócios? Todos.