O empresário de Richarlison já deixou claro o quanto queria que o atacante tivesse sido negociado com o Ajax-HOL, no início do ano, e como confia numa transferência no meio de 2017. Tal pressa, no entanto, não aflige Fernando Veiga. O vice de futebol do Fluminense minimiza o sentimento do agente, afirma não ter como saber se chegará algum gigante com boa proposta pelo jogador e cita casos de vendas precoces prejudiciais aos próprios atletas.
– Eu não tenho bola de cristal para saber se o Chelsea ou o Milan vai contratar o Richarlison no meio do ano. Se o empresário tem, vou até consultá-lo para pegar o número da mega sena. A questão empresário/jogador/clube não é muito fácil de gerenciar. Alguns empresários são parceiros do clube, outros nem tanto. Uns querem ganhar dinheiro mais rápido, outros pensam bastante no futuro do atleta que está gerenciando. Não estou falando especificamente do agente do Richarlison, mas de uma forma geral. Eles querem a venda para receber a comissão. Então ficam doidos para que isso aconteça. É complicado, pois às vezes o jogador não tem a maturação necessária para sair do Brasil e acaba se perdendo lá fora. Isso a gente vê direto no futebol brasileiro. O empresário deveria incentivar esse jogador a ficar no clube que está, talvez ser emprestado no Brasil, rodar e no futuro ser vendido para fora. Nem sempre acontece assim, o jogador acaba sendo vendido rápido, pela influência do empresário e dos próprios familiares, que, às vezes, são de origem humilde e querem ganhar dinheiro o mais rapidamente possível. O pai pode até ganhar dinheiro na hora, mas lá na frente vai ver que pode perder muito. É complicado colocar isso na cabeça de uma pessoa humilde, que às vezes não tem o que comer… – comentou.