Tricolor de berço, Mário Bittencourt teve incentivo para mudar de time. Ele falou de sua paixão pelo Fluminense e como manteve a relação forte até os dias atuais, onde comanda o futebol do clube do coração.
– Nasceu na infância, meu pai é tricolor e, apesar de ter se separado da minha mãe ainda muito cedo, eu tinha quatro anos, mas foi o que manteve meu elo com meu pai. E acho que o que me fez seguir foi o time da década de 80, né? Porque foi nesse período, logo depois da separação dos meus pais, que fui morar com minha mãe na casa do meu avô, não tive condições de ficar onde morava. Meu tio, meu avô, as pessoas da família da minha mãe, torciam para o Flamengo. E você imagina: uma criança, torcedora do Fluminense, acabei indo morar numa casa grande, em Vila Isabel, tínhamos 90% das pessoas torcendo pelo Flamengo. Mas eu tinha um primo que era tricolor, que frequentava a casa no fim de semana, e me levava ao Maracanã. Manteve a chama acesa, e os títulos de 83, 84, 85 ajudaram muito. Eu dizia para as pessoas: “meu time ganha do de vocês”. Meu avô era um democrata e permitiu que naqueles títulos eu andasse pela casa carregando a bandeira, brincando com as pessoas. Não tive aquela coisa que muitas crianças vivem, que é trocar de clube. Sempre fui Fluminense, desde o berço.