Contratado pelo Flamengo no início da temporada, o atacante Henrique Dourado, que foi artilheiro do Brasileirão pelo Fluminense no ano passado, esteve perto de deixar o Tricolor de graça, a exemplo do que ocorreu com o meia Gustavo Scarpa. Na ocasião, o atleta tinha dois meses de salários atrasados (CLT), quatro meses sem receber direito de imagem, além do não pagamento de férias e FGTS. Foi então que o vice-presidente (VP) comercial, Ronaldo Barcelos, entrou em cena e emprestou dinheiro ao Fluminense no início desta temporada.
Ainda sem receber os valores, Barcelos fez um contrato de mútuo com o clube das Laranjeiras, ou seja, um acordo de empréstimo formalizado, similar ao que Pedro Antônio fez anos atrás. Tal qual o responsável pelo centro de treinamentos na Barra, o VP comercial, que também cuida de toda a parte de marketing da instituição verde, branca e grená, não recebeu.
Procurado desde a última sexta-feira, por intermédio de sua assessoria institucional, o Fluminense não se pronunciou acerca do tema. O portal NETFLU entrou ainda em contato com Ronaldo Barcelos, que se limitou a dizer:
– Não comento sobre assuntos confidenciais, desculpe não poder colaborar – sintetizou.
Pasta criada na gestão Pedro Abad para auxiliar o marketing na busca por parceiros e patrocinadores, a vice-presidência comercial é de responsabilidade de Ronaldo Barcelos, um dos maiores doadores do centro de treinamentos e, ainda, apoiador de Mário Bittencourt nas eleições de 2016. Depois da saída de Idel Halfen, junto com outros vice-presidentes ligados ao “Unido e Forte”, a VP de marketing foi extinta da atuação gestão e Barcelos passou a comandar a área também.
Ronaldo ficou rico trabalhando no mercado financeiro há alguns anos. Pertencente ao Grupo Base Tricolor, do qual Pedro Antônio, ex-vice de projetos especiais, participava até as vésperas das eleições de 2016. Ronaldo trabalha com poucas companhias. Geralmente tenta por si só os contatos com possíveis patrocinadores e parceiros, como vem sendo nos últimos tempos com as empresas que estampam a camisa do Fluminense por período curto de tempo. A antiga patrocinadora master, Valle Express, trazida por ele.
Vale frisar ainda que o dirigente pagou do próprio bolso uma campanha publicitária para o sócio futebol: A “Abrace o Flu”. Inicialmente, ele imaginou que a ação fosse atrair 90 mil novos sócios em poucos meses, mas o cenário não se apresentou da forma como desejava.