Fluminense jogou bem por 15 minutos e só. Depois assistiu ao Cruzeiro fazer o que queria (Foto: Mailson Santana - FFC)

Num Campeonato Brasileiro marcado pelo equilíbrio, até os torcedores de um time tão sem vergonha como esse do Fluminense ainda podem encontrar motivação para acreditar em algo. Afinal, estava a apenas três pontos do G6. Antes fosse G4, pois a decepção não seria tão grande. Contra o Cruzeiro, neste domingo, no Mineirão, a equipe tricolor enganou por cerca de 15 minutos, dando a impressão de que poderia vencer e voltar a brigar de fato por uma vaga na Libertadores. No entanto, chegou ao sexto compromisso sem vitória e com mais um papelão daqueles para trazer na bagagem. Saiu na frente, mas levou uma virada acachapante. No placar 4 a 2 para os mineiros e a sensação de que ficou barato. Richarlison, o único a se salvar do papelão (ao lado do goleiro Júlio César) e Ábila (contra) fizeram os gols do Flu. Sobis, William, Arrascaeta e Alisson deram o triunfo à equipe da casa.

O Fluminense teve até um início de jogo animador. Bem postado em campo e envolvente quando tinha a bola no pé, não demorou a sair na frente quando Henrique (o do Cruzeiro) errou passe no meio de campo e Cícero recuperou para puxar o contra-ataque. De pé em pé, Scarpa acho Richarlison, que dominou tirando de Bruno Rodrigo e bateu cruzado. Lindo gol. O próprio Richarlison ainda ficou bem perto de marcar o segundo ao bater para fora uma bola de esquerda. Porém, o atacante, destaque até então na partida, machucou-se numa dividida e precisou sair ainda no primeiro tempo. Foi substituído por Magno Alves.

 
 
 

Pressionado pela proximidade com a zona de rebaixamento, o Cruzeiro não tinha outra alternativa a não ser partir para o ataque. E encontrou a porta escancarada para fazer o que queria. A antes sólida defesa tricolor, foi se perdendo aos poucos e dando muitos espaços. Numa troca da passes, Rafael Sobis ficou de frente para o crime e bateu com perfeição para deixar tudo igual. Ex-tricolor, ele não comemorou. Limitou-se a cumprimentar os companheiros.

Com moral pelo empate, a Raposa amassou o Fluminense em seu campo defensivo. As rápidas trocas de passes deixavam a zaga tricolor perdida. Arrascaeta, Sobis, William e Alisson faziam o que queriam. Num chute do último deles, Júlio César ainda fez boa defesa. No entanto, ele não conseguiria evitar quando Arrascaeta achou cruzamento para William, de cabeça, acertar no cantinho.

Na volta para o segundo tempo, o Fluminense precisava se reorganizar, mas, em vez disso, cedeu bola para o time mineiro antes do relógio dar sua primeira volta e levou o terceiro. Edson perdeu bola para Arrascaeta, que avançou e bateu com força, ampliando a vantagem. Foi a senha para a já apática e pavorosa equipe tricolor se entregar de vez em campo. Arrascaeta mais uma vez teve participação fundamental para achar Alisson livre para fazer o quarto e decretar a vitória da Raposa com menos de dez minutos. No último lance, Scarpa bateu escanteio na área, Magno Alves desviou e Ábila marcou contra. Mas não dava para mais nada.

O próximo compromisso tricolor será contra o Atlético-PR, em jogo antecipado para o feriado do dia 15 de novembro (seria 17) para acontecer no Maracanã. Mas quem irá se animar para ver esses pregos in loco? Na mesma data no Rio de Janeiro há, por exemplo, um show do Guns N’ Roses com sua formação original e que parece ser um programa, no mínimo, mais atraente. Para essa equipe o Aterro fica de bom tamanho.

O Fluminense jogou com: Júlio César, Wellington Silva, Gum, Henrique e William Matheus; Edson, Cícero, Aquino (Danilinho) e Gustavo Scarpa; Wellington (Marcos Junior) e Richarlison (Magno Alves).