(Foto: Lucas Merçon/FFC)

Símbolo do Rio de Janeiro, o Maracanã foi reformado para se tornar o principal palco da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016. No entanto, atualmente, virou a imagem de um estado abandonado. Os jornais O Globo, Extra e a revista Época, em parceria com a Universidade Estácio, organizaram um debate com os candidatos ao governo do Rio, que apresentam suas propostas para o futuro do principal estádio do país.

Entre os quatro candidatos presentes, Eduardo Paes (DEM), Anthony Garotinho (PRP), Indio da Costa (PSD) e Tarcísio Motta (PSOL), todos desejam o encerramento da concessão do Maracanã S.A., que é liderado pela Odebrecht. Ausente do debate, Romário Faria (DEM) se manifestou através de nota e não deixou claro seus planos sobre o futuro do estádio.

 
 
 

Confira abaixo os planos dos candidatos:

Eduardo Paes (DEM)

“Tem que se manter como uma concessão, mas aliado dos clubes, prioritariamente Fla e Flu. O Vasco já tem um estádio (…), o Botafogo tem o Engenhão. É desenvolver um modelo que todos participem e tenham protagonismo. Os clubes são os atores principais do Maracanã. Eles que definem o preço do ingresso. Não acho que deva passar para o estado. Já fui num tempo superintendente da Suderj e conheço a história do Portão 18.”

Romário (Podemos)

“O Maracanã hoje é administrado por uma empresa, mas ele não é dela e nem do Estado. O Maracanã é da população. É um local que tem uma forte identidade carioca, que foi e é frequentado por milhares de pessoas. O Maracanã não é mais como era antigamente, mas continua importante. Pela relação especial que tenho com o estádio, todos os projetos para sempre serão vistos com carinho por mim”.

Garotinho (PRP)

“Sobre o Maracanã, a visão é clara: vamos rescindir de vez esse lenga lenga com a empresa e fazer uma licitação. Em uma licitação, pode entrar um clube, dois, três, uma empresa privada. Tinha a Lagardère interessada. Após as reformas, o custo aumentou, mas agora há mais potencial para exploração comercial. Enxergamos espaço ocioso até para instalar universidade. Pior é estar como está”.

Tarcísio Motta (PSOL)

“Precisamos retomar o controle público ali também. E pensar o Maracanã como um complexo: Júlio de Lamare, Célio de Barros, Escola Friedenreich. E é preciso voltar a popularizar o Maracanã, que é um patrimônio da cidade e do estado. Fazer uma auditoria naquele processo da última reforma para poder investigar de fato toda a questão da corrupção feita ali e cobrar, retomando o controle público”.

Indio da Costa (PSD)

“No Maracanã, é licitar. Dizem que tem um consórcio, mas, na verdade, não é um consórcio. É a Odebrecht que está tocando o Maracanã, e não tem nenhum controle. Não tem nenhum acompanhamento do que acontece. A ideia é assumir o Maracanã para relicitar como concessão e não com privatização, porque o bem é público. A ideia não é entregar o bem, mas o Maracanã ter um outro uso, diferente do que tem hoje”.