Samuel concedeu entrevista ao site Lancenet e comentou sobre sua experiência nos Emirados Árabes. O Fluminense também foi um dos diversos assuntos debatidos com o atacante, emprestado ao Hatta Club até maio deste ano.
Adaptação
– Não é das mais fáceis. Mas eu pesquisei um pouco do país, conversei com alguns amigos que já conheciam a cultura local e consegui me adaptar com certa rapidez. Logo depois, consegui trazer minha família, o que me ajudou mais ainda. Você ter a sua base por perto é muito importante. Hoje estamos bem aqui, adaptados e felizes.
Futuro
– O futuro a Deus pertence. Meu pensamento no momento é manter o meu trabalho aqui no Hatta e ajudar o clube a fechar a temporada cumprindo nossos objetivos. Sei da importância que as boas atuações têm para o meu futuro, mas prefiro deixar essas situações nas mãos do meu empresário, em quem eu confio e quem sempre decidiu o melhor para mim. O negócio é fechar a temporada bem para que surjam excelentes opções, seja aqui nos Emirados ou no Brasil.
Vai voltar para o Fluminense?
– Seria uma honra, sem dúvidas. Como disse, tenho um carinho muito grande pelo Fluminense e uma admiração imensa pelo Abel, que foi como um pai para mim. Hoje minha cabeça está no Hatta. Quero seguir ajudando o time com gols e atuações decisivas. Se acontecer de voltar para o Flu, será muito legal e prazeroso. Vamos aguardar e ver o que acontecerá.
Como é o nível de competição nos Emirados Árabes?
O calendário é um pouco diferente, mas os times têm jogadores de qualidade. Muitos estrangeiros com bastante potencial e até jogadores locais que vem evoluindo muito. O futebol cresceu muito aqui nos últimos anos e segue crescendo. Acho que o Mundial no Catar, pela proximidade e semelhança, vai alavancar ainda mais o crescimento do futebol nessa região.
Seu técnico, Gjoko Hadžievski, é da Macedônia e já rodou o mundo. Dirigiu clubes da Grécia, Azerbaijão, Rússia, Egito… Os métodos dele são muito diferentes do que você já viveu no Brasil? Como é a comunicação entre vocês?
Ele é um técnico muito experiente, que trabalha bastante a parte tática. Temos jogadores de várias nacionalidades, mas muitos falam um pouco de inglês. Eu,por ter jogado nos Estados Unidos, consigo me virar bem. A comunicação muitas vezes acontece pelos gestos. Parece um pouco papo de maluco (risos), mas faz parte. O fundamental é que todos os jogadores entendam a metodologia do professor e o que ele quer nos passar.
Você está fazendo dupla com Rafael Silva, ex-Vasco. Como está sendo o entrosamento com ele e qual a importância de ter pelo menos um brasileiro para se entender em campo?
O entrosamento vem nos ajudando bastante. Apesar dele ter chegado há pouco tempo, já criamos uma amizade bem bacana e um ajuda o outro. É um irmão que ganhei aqui nos Emirados. Dentro de campo, vem dando muito certo também. Ele tem características que me completam e vem me auxiliando bastante. No último jogo, inclusive, ele me deu uma bela assistência (veja no vídeo abaixo). Espero que continuemos nos ajudando e nos destacando.
Está conseguindo acompanhar o Fluminense? O que está achando do trabalho de Abel?
Acompanho e torço pela amizade que tenho com muitos jogadores no elenco, comissão técnica e pelo carinho que levo comigo pelo clube e por sua torcida. Tenho gostado muito de ver os jogos do Fluzão. Acho que o Abel deu uma nova cara e uma nova alma para o time mesmo. É um dos melhores treinadores do Brasil e sabe muito bem como fazer esse time alcançar os maiores objetivos. Espero que tudo continue dando certo.