A Federação de Futebol do Rio (Ferj) e o Vasco votarão no coronel Antonio Carlos Nunes, o presidente da Federação de Futebol do Pará que surgiu como alternativa de Marco Polo del Nero para impedir que seu principal desafeto na CBF, Delfim de Pádua Peixoto, assuma a presidência da entidade. Ao pedir licença após ser indiciado nos Estados Unidos e ter procedimento aberto pelo Comitê de Ética da Fifa, Del Nero teve a prerrogativa de indicar Marcus Vicente, seu aliado. Porém, no caso de renúncia ou suspensão pela Fifa, assume o vice-presidente mais velho que, hoje, é Delfim. Os clubes de São Paulo e a Federação Paulista de Futebol (FPF) acordaram voto em bloco no Coronel Nunes.
Carlos Eduardo Pereira, presidente do Botafogo, foi consultado e afirmou que o clube está “avaliando”. Acrescentou que não pretente “antecipar voto”. Um dirigente do alto escalão da Ferj, contudo, avaliou que o clube seria “louco” se não acompanhasse a decisão de apoiar a situação, e os alvinegros têm adotado posições alinhadas com a entidade desde o início do ano.
Se eleito no dia 16 – votam federações e clubes das Séries A e B do Brasileiro -, Coronel Nunes ocupará o assento deixado por José Maria Marin, que cumpre prisão domiciliar nos Estados Unidos, entre os vices da entidade. Del Nero já tentou tirar Delfim do páreo no meio do ano, ao costurar uma mudança no estatuto sobre a sucessão, mas cartola de Santa Catarina conseguiu derrubar a manobra nos bastidores e o item acabou nem entrando em pauta. Como faz agora com a indicação de Coronel Nunes, Delfim também qualificou essa tentativa de Del Nero como “golpe”.