Parceira de 15 anos, a Unimed deixou o Fluminense no fim da temporada passada. Os tempos de pujança financeira acabaram e a ex-patrocinadora agora passa por problemas. As dívidas com jogadores e ex-jogadores do clube com os quais ainda tinha contratos de direitos de imagens chegam a cerca de R$ 15 milhões.
Com Fred, por exemplo, os atrasos chegaram a 18 meses. A amizade entre o atacante e o presidente da cooperativa médica facilitaram um acordo para o pagamento dos vencimentos de maneira parcelada. Diego Cavalieri, Henrique, Gum, Cícero, Rafael Sobis, Carlinhos e Bruno foram pelo mesmo caminho.
Já outros não tiveram a mesma paciência e foram à Justiça atrás de seus direitos. Foram os casos de Jean, Wagner, Walter e Diguinho.
O problema foi que a Unimed suspendeu os pagamentos quando houve o fim da parceria com o Fluminense. A empresa, por intermédio de seu assessor de comunicação e marketing, Luiz Perez, pronunciou-se sobre o assunto.
– Após o fim do patrocínio com o Fluminense, a Unimed-Rio encaminhou comunicado formal aos atletas com os quais mantinha contrato relativo a direitos de imagem. Informou-lhes que os pagamentos seriam interrompidos porque não estava havendo contrapartida, ou seja, símbolos da cooperativa não eram mais exibidos nos uniformes do clube, que, inclusive, fechou acordo com outro patrocinador. Os contratos de direitos de imagem têm características diferentes em vários detalhes, como prazos, requisitos para rescisão, etc., impossibilitando um tratamento uniforme na eventualidade de negociação. Após o comunicado formal sobre a interrupção de pagamentos, apenas quatro atletas reivindicaram supostos direitos, que passaram a ser negociados caso a caso – disse.