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Um Flu reinventado

João Garcez

Transcorrido já um terço do Brasileirão, é preciso olhar o desempenho do Fluminense, oitavo colocado, sob uma perspectiva mais abrangente. Antes de a temporada começar, muitos torcedores – entre os quais, este colunista – acreditavam que, diante da falta de reforços, o time entraria como azarão no Campeonato Estadual e, no Brasileiro, a luta seria contra o descenso. Pois bem, ao término do primeiro semestre, o Fluminense não apenas tem o melhor ataque do país como levantou a Taça Guanabara e foi finalista de um Estadual que só não ganhou porque o juiz ignorou um golpe de MMA de Réver em Henrique na finalíssima. Além disso, o Tricolor avançou até a quinta fase da Copa do Brasil, parado apenas por um dos favoritos, o Grêmio, está com a vaga para a terceira fase da Sul-Americana muito bem encaminhada e é o terceiro time que menos sofreu derrotas no Brasileirão, competição em que está apenas a um ponto do sexto colocado, o Sport. Tudo isso com uma folha rasa e um dos elencos mais jovens das últimas décadas. Com 17 pontos, o time mantém uma invencibilidade de seis jogos (incluindo a goleada sobre a LaU, do Equador, pela Sul-Americana) e cumpre campanha das mais dignas para um elenco tão pouco rodado. Não é exagero dizer que o Fluminense, em 2017, disputa a categoria profissional do Campeonato Brasileiro com um time de juniores. Por isso tudo, pego-me, por ora, satisfeito com o trabalho de renovação do clube e vejo como muito natural as oscilações e alternâncias que a equipe apresenta e apresentará até o término da temporada. Até mesmo os jogadores que estão sendo vendidos – casos de Léo e, provavelmente, Calazans – ocupam setores do campo em que há reposição (o Flu já conta com Mascarenhas e trouxe ainda Marlon para a lateral esquerda; no ataque, há pelo menos três outras opções). A realidade tricolor não chega a ser propriamente doce, mas acima da expectativa geral. O trabalho é bom e a capacidade da garotada lapidada por Abel, alta. Mesmo sangrando financeiramente, o Tricolor, escorado em seu gigantismo, se reinventa e, renovado, renasce com sorriso juvenil. *** Leia também “Invicto, mas sem axé em Salvador”, deste colunista, no Blog Terno e Gravatinha: http://blogternoegravatinha.com/ Curta também a nossa fanpage: https://www.facebook.com/BlogTernoeGravatinha/

João Marcelo Garcez é jornalista, publicitário e autor de inúmeros livros sobre o Fluminense. Profissional da área de Comunicação Social, trabalhou na TV Globo (autor-roteirista), no portal G1 (Globoesporte.com), nas empresas DM9DDB e 24\7 Inteligência Digital (SP), do Grupo ABC, do chairman Nizan Guanaes, e na QJ Comunicações. Tricolor nato e hereditário, o carioca João Garcez, entre outros ofícios, foi ainda repórter do Jornal dos Sports e editor-chefe de O Debate, jornal do Norte Fluminense com circulação em municípios daquela região.

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