Torcedores acima dos 60 se mantém ativos, mas com responsabilidade (Foto: Divulgação - FFC)

A pandemia de coronavírus assola e ameaça o mundo inteiro. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), os idosos acima dos 60 anos são o grupo etário de maior risco. Torcedores do Fluminense nesta faixa falaram sobre como estão mantendo a sua cabeça ativa, mas respeitando a quarentena.

Torcedor símbolo do Flu, Desireé Rogério de Carvalho, de 69, cumpre a quarentena em Araruama, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro. Ele mandou o seu recado.

 
 
 

— Eu quero avisar vocês e alertar a todos, eu estou com 69 anos e sei o peso da idade, o que é contrair uma doença perigosa como essa. Você que está acima de 60 não tem mesma imunidade de um jovem. O que fazer? Vamos caminhar, fazer uma faxina na casa. O idoso não é um inútil, não precisa ficar no sofá o tempo todo. Depois higienize-se. Se cada um fizer sua parte, vamos passar pelo problema. E saudações tricolores – falou.

Por sua vez, o administrador de imóveis Valterson Alves Botelho, 72, tem feito home office em seu apartamento no Leme, na Zona Sul do Rio de Janeiro.

— Um marinheiro da Marinha de Guerra, em sua primeira viagem, fica 30 dias no mar. Após o 15º dia começam a aparecer comportamentos inexplicáveis, fica neurótico. Para um preso, que já está acostumado, ficar numa solitária pode não causar efeito, mas para um cidadão com hábito de andar na rua, caminhar, ir a uma praia, é muito difícil. É um remédio muito forte. Vamos torcer para que dê certo e para que a medicina consiga encontrar a solução – torce.

Por fim, Amilton Iague, corretor de seguros de 73 anos e ex-goleiro de futsal do Fluminense, é outro que segue atendendo aos clientes de seu apartamento no Flamengo, também na Zona Sul do Rio de Janeiro.

— Eu estou aqui, no meu notebook, trabalhando, mantendo o contato com meus clientes. Eu não posso parar, porque seguro você não pode deixar fora do prazo ou vai dar problema. Estou me virando como se estivesse no meu escritório e assim não tenho prejuízo profissionalmente. Em algum momento, dou uma descida rápida para ir ao supermercado, comprar um pão. Aquele esquema de voltar, lavar as mãos, álcool gel, tirar a roupa e tudo mais. Vamos assim e aguardando que essa pandemia acabe. A gente sempre sente falta do futebol que é um esporte que brasileiro gosta muito. Eu sinto falto, inclusive, porque joguei 20 anos no futsal do Fluminense – relatou.