Domingo de sol, muito calor e alegria nas arquibancadas do Maracanã. Em campo, Fluminense e Cruzeiro se encontraram, num duelo marcado pelo equilíbrio e, também, pelos desfalques de ambos os lados. Precisando mais da vitória, o Fluminense não se intimidou contra o líder do Brasileirão, jogando de igual para igual. No fim, após muitas idas e vindas, 3 a 3.
Apostando no mesmo esquema que tem adotado no Tricolor desde que passou a deixar Fred sem um companheiro fixo de ataque, Cristóvão lançou seus comandados de maneira cautelosa contra o perigoso Cruzeiro. Jogando de forma parecida como o Flu atuava há pouco mais de um mês, os mineiros dificultavam a saída de bola da equipe dona da casa. Na base da paciência, o tentava se corrigir. Aos 13 minutos, o Cruzeiro abriu o placar pelos pés de Julio Batista. O atacante teve apenas o trabalho de converter um pênalti, cometido por Cícero em Samúdio. A resposta do Fluminense foi rápida. Aos 16 minutos, depois de cobrança escanteio de Conca, Wagner apareceu para escorar bola desviada por Elivélton, empatando o confronto.
O gol reacendeu a ímpeto dos torcedores do Fluminense nas arquibancadas do “Maior do Mundo”. Empolgados, os jogadores respondiam dentro de campo. Tanto que, num contra-ataque do Flu puxado por Chiquinho, mais um triunfo, aos 22 da etapa inicial. A bola chega em Conca na esquerda, que cruza rasteiro. Cícero entra livre e completa para o fundo da rede. No lance, o zagueiro Dedé se chocou com Fred e os dois ficaram caídos. Tudo normal.
Faltando cerca de 5 minutos para o fim da etapa inicial, o Fluminense poderia ter ampliado. Ah, Conca. Era pra ter enchido o pé. O Nunca lance inacreditável no Maracanã, Fred recebe de Bruno e chuta forte, no canto. Fábio defende, a bola bate na trave e corre quase por cima da linha. Conca chega sozinho para marcar e chuta. Fábio se atira e faz uma defesa incrível. Minutos depois, num golpe de sorte, o atacante pegou o rebote de pé direito. Mesmo com o arremate saindo em câmera lenta, a bola morreu no fundo das redes, jogando um balde de água fria no Flu.
No segundo tempo, o Cruzeiro continuou certeiro. Mike obrigou Klever a praticar um milagre, após passe sensacional de Willian. No rebote, Marlone cruzou, a defesa do Tricolor não conseguiu afastar direito e Marcelo Moreno, bem posicionado, mandou pro fundo do barbante. Isso com 13 minutos de partida. A partir daí, os mineiros passaram a esperar por erros do Fluminense, que se lançava para buscar o empate. No contra-ataque, a Raposa assustava o Time de Guerreiros. Parecia mais uma partida sem saída, quando Cristóvão resolveu repetir a mesma substituição que fez no jogo da semana passada, frente ao Goiás: tirou Bruno e colocou Kennedy. Mas, hoje, o jovem fez a diferença. Numa bola que sobrou pra ele, aos 40 do segundo tempo, um tiro de rara felicidade. Golaço! O Fluminense pressionou no fim, mas não conseguiu a virada que seria sensacional. Grande jogo, para uma grande tarde!