A expectativa já tomava conta dos torcedores do Fluminense muito antes de quarta-feira. Festas vinham sendo programas, celebrações, tudo como manda o figurino de um duelo decisivo. Na hora do “vamos ver”, os fãs não fizeram feio e abrilhantaram ainda mais o confronto, pulando e cantando nas arquibancadas. Dentro de campo, empurrado pela torcida, sobrava disposição para o Flu, mas faltava efetividade. Mesmo dominando mais 70% da posse de bole, poucos chutes a gol.
O técnico do Time de Guerreiros manteve a estrutura da equipe que a torcida já está acostumada. Com Rhayner e Wellington Nem pelas pontas, sempre se movimentando para fugir da marcação, a ideia de Abel Braga era criar espaços ofensivos. E o Fluminense conseguia ter sucesso até a chegada na intermediária. A partir dali, o bloqueio defensivo imposto pelo Olimpia-PAR era soberano. Além disso, faltava a ousadia em arriscar de fora da área.
O primeiro lance de perigo veio aos 5 minutos. Após jogada ensaiada, Nem levanta para a área, e Leandro Euzébio recebe livre de marcação e em posição legal. Ele demora a bater e dá tempo para Silva sair do gol e fazer defesa providencial! Perde a chance do primeiro gol o Flu! A partida parecia a feição do Time de Guerreiros e nada do jogo se desenrolar em prol dos comandados de Abel. Como todo bom visitante da Liberta, o Olimpia distribuia pancadas.
Na segunda etapa, o domínio tricolor continuava latente. Os paraguaios, por sua vez, tentavam aproveitar bolas espirradas, mas sem sucesso. Rhayner chamava a atenção mais pela correria enlouquecida, em prol do time, do que pela técnica em si. Dedicação não faltava. Sobis quase marcou de falta, obrigando o goleiro a fazer grande defesa. Mas o a bola do jogo esteve nos pés de Nem. Depois de receber grande passe de Felipe, que entrou bem na etapa complementar, o baixinho acabou, na ansiedade, mandando torto para o gol.
Vale lembrar também do gol perdido por Rhayner. Depois de ganhar dividida aérea com o marcador, ele correu para receber a redondinha, no pé, de Fred, driblou o goleiro, mas na hora de chutar, acabou perdendo o tempo da bola. Enfim, os deuses do futebol deram o resultado que Abel comentava durante a semana: 0 a 0. Que venha a partida de volta, no Paraguai!