Hoje titular no Fluminense, Léo, por pouco, não desistiu de tentar seguir a carreira de jogador de futebol em virtude do preconceito racial. De infância humilde, o lateral-esquerdo lembra de ter passado por situação constrangedora ao tentar entrar num shopping de Santos, sendo barrado pelo segurança.
– Ele veio para cima de mim: “Veio aqui para pedir dinheiro, seu pivete? Sai daqui”. Respondi que não, que só queria passar por ali porque do lado de fora era muito escuro – contou Léo, que viveu dois anos em Santos sozinho num projeto de Pelé e também do ex-santisfa Manoel Maria antes de chegar ao Flu:
– Isso é a minha maior inspiração. Foi um momento muito dificil na minha carreira. Quando saí do shopping já pensei em largar tudo. Não passei por humilhação maior na vida do que aquela.
Naquele episódio, Léo contou com a força de seu irmão Renato para superar.
-Viajei no dia seguinte para Santos. Conversamos educadamente com o segurança e a gerência. Depois, sempre que ele ia ao shopping os funcionários já sabiam e comentavam: “Olha lá, aquele é o jogador” – recorda o irmão.