O Fluminense teve um início de ano com certa oscilação até a interrupção de todo o futebol nacional, mas alguns jogadores conseguiram destaque. Outros, nem tanto. Neste sentido, o portal “Globo Esporte” apontou o termômetro tricolor deste começo de temporada, com análises a respeito de quem sobe e quem desce com o técnico Odair Hellmann.
Confira a avaliação do site para cada um dos casos:
NO TOPO
Evanilson: depois do aperitivo no fim do ano passado, quando marcou seus primeiros gols fora de casa contra o Corinthians, o jovem centroavante correspondeu às expectativas neste início de temporada e vem mostrando faro de artilheiro: já marcou cinco vezes em nove jogos.
Marcos Paulo: sofreu uma lesão ainda na pré-temporada e, por isso, demorou a estrear. Foi decisivo em seu primeiro jogo, com uma assistência contra o La Calera na Sul-Americana, e foi o herói da classificação para a terceira fase da Copa do Brasil. Tem oscilado em algumas partidas, mas já é o vice-artilheiro da equipe – ao lado de Evanilson – com cinco gols.
Nenê: foi o melhor do Fluminense até a paralisação. Começou o ano na vaga de Ganso, que teve sua pré-temporada estendida para aprimorar a parte física, mas virou titular absoluto de Odair. Aos 38 anos, é o artilheiro da equipe, com nove gols em 13 jogos.
SUBIRAM
Egídio: após o rebaixamento com o Cruzeiro no Brasileiro do ano passado, o lateral-esquerdo parece ter reencontrado o bom futebol no Fluminense e virou titular absoluto da posição. Tem sido boa opção ofensiva e já deu duas assistências em 11 jogos.
Gilberto: após o desempenho abaixo do esperado em 2019, o lateral-direito também parece ter recuperado a melhor forma e começou 2020 voando: já fez dois gols e deu três assistências em 11 partidas. Porém, sofreu uma lesão na coxa esquerda no penúltimo jogo antes da paralisação.
Hudson: começou o ano como titular, mas perdeu a vaga após cumprir suspensão e virou banco, a contragosto de parte da torcida. Voltou ao time formando dupla com Yago no meio de campo e tem se saído bem até aqui. Mesmo sendo volante, fez um gol e deu uma assistência. Além disso, demonstra papel de liderança: assumiu a braçadeira de capitão com a lesão de Digão.
Luccas Claro: depois de disputar só dois jogos em 2019, o zagueiro passou a ter mais oportunidades esse ano e as aproveitou. Na defesa se mostrou seguro e no ataque fez três gols na bola parada. Mesmo sendo reserva atualmente, conseguiu provar que pode ser útil.
Pacheco: o atacante peruano está se adaptando mais rápido do que Michel Araújo e já atuou em oito jogos. Fez seu primeiro gol diante do Vasco, na última partida antes da paralisação, e deu duas assistências. Apesar de não ter aproveitado as duas chances como titular até aqui, mostrou que pode ajudar. É veloz e forte, puxa a marcação e é boa opção para contra-ataques.
Yago: chegou para ser uma espécie de coringa da equipe, podendo jogar tanto como volante quanto como meia aberto pela direita. Começou o ano como reserva, mas virou titular fazendo dupla com Hudson e tem se firmado. Já fez um gol e deu duas assistências.
NA MESMA
Marcos Felipe: com a lesão de Muriel, o goleiro terminou a temporada passada e começou a atual como titular. Foram apenas oito jogos no período, mas ele se saiu bem e aproveitou a brecha para mostrar serviço. Continua como boa opção para o setor.
Matheus Ferraz: depois da grave lesão de ligamento no joelho direito, que o fez perder todo o segundo semestre da temporada passada, o zagueiro voltou a jogar esse ano e só nos últimos jogos antes da paralisação virou titular. Ainda está recuperando a confiança e o ritmo ideal.
Nino: chegou ao Fluminense em 2019 e rapidamente tomou conta da posição. Continua como titular absoluto do time em 2020, mesmo tendo perdido a pré-temporada com o grupo e os primeiros jogos do ano em função da disputa do Torneio Pré-Olímpico com a Seleção.
Wellington Silva: depois de algumas temporadas de altos e baixos no Inter, o atacante retornou ao Fluminense em 2020 e manteve a “montanha-russa”. Reestreou em grande estilo, mas vem alternando boas e más atuações. Soma dois gols e uma assistência em oito jogos.
DESCERAM
Digão: aproveitou a brecha de Matheus Ferraz e foi titular em todo o segundo semestre do ano passado. Mesmo contestado por parte da torcida, também começou 2020 como dono da posição e chegou a ser capitão do time. Mas, com uma lesão na coxa esquerda, perdeu os três últimos jogos antes da paralisação e, pelo jeito, a vaga com a afirmação da dupla Ferraz e Nino.
Felippe Cardoso: tem sido o reforço de menos proveito. Até começou no time, pois os três atacantes cotados para serem titulares na época (Caio Paulista, Evanilson e Marcos Paulo) se lesionaram, porém, não aproveitou as chances. Chegou a marcar um gol, mas passou longe de convencer, ficando fora dos relacionados praticamente em todas as últimas partidas.
Frazan: mesmo sem nunca ter se firmado como titular, o zagueiro prata da casa vinha sendo utilizado em algumas partidas nos últimos anos. Porém, na pré-temporada sofreu uma grave lesão de ligamento no joelho direito e só terá condições de jogo no segundo semestre.
Henrique: ainda não conseguiu repetir o sucesso que teve no Cruzeiro em seu início no Fluminense. Fez um jogo bom, contra o Botafogo na Taça Guanabara, e “só”. Muitas vezes lento na saída de bola e mais voltado para a marcação, acabou perdendo a vaga para volantes mais criadores, como Hudson e Yago.
Igor Julião: reserva de Gilberto desde o ano passado, o lateral-direito continua como suplente no elenco sem perspectiva de ganhar a posição. Tem sido usado com o revezamento no time, mas não conseguiu aproveitar bem as oportunidades. Teria chance de engatar uma sequência com a lesão do titular, não fosse a paralisação.
Matheus Alessandro: começou o ano como titular, quando a maioria dos atacantes estava fora de combate – por lesão ou regularização –, mas já foi para o final da fila. Até continuou sendo relacionado, porém, ficou praticamente um mês sem entrar em campo antes da paralisação.
Muriel: é o titular incontestável desde o ano passado, quando chegou para resolver os problemas no gol do Fluminense. Mas após a fratura na mão esquerda, no fim de 2019, ainda não recuperou o seu auge e tem cometido algumas falhas por falta de segurança.
Orinho: chegou ao Fluminense no meio do ano passado e continua jogando pouco. Era reserva de Caio Henrique e passou a ser de Egídio em 2020. Quando teve oportunidades em meio ao revezamento na equipe, não correspondeu e enfrenta desconfiança da torcida.
Pablo Dyego: revelado no clube, o atacante nunca conseguiu se firmar, mas vinha ganhando chances nos últimas anos e chegou a jogar até de lateral-direito. Mas as oportunidades minguaram em 2020, disputou só duas partidas e pelo jeito não agradou.
Yuri: chegou do Santos no meio do ano passado e rapidamente virou titular do Fluminense, condição que manteve para o início da atual temporada. Formou dupla com Henrique em muitos jogos, mas, embora não tenha comprometido, perdeu a vaga para volantes mais criadores, como Hudson e Yago.
MERECEM (MAIS) CHANCES
Caio Paulista: um dos 10 reforços para 2020, o atacante foi um dos pedidos do técnico Odair Hellmann e só não começou o ano como titular porque sofreu uma lesão na coxa esquerda na pré-temporada. Foram só cinco jogos até aqui, e na única chance de começar no time, contra o La Calera no Chile, foi mal. Mas tem entrado bem e mostrado que merece mais oportunidades.
Dodi: teve pouquíssimas oportunidades, mas fez bons jogos como titular no início da temporada, dando velocidade na saída de bola e na transição das jogadas. Perdeu a vaga e voltou a ser reserva, mas pode ser uma alternativa para dar dinamismo ao meio de campo.
Ganso: principal contratação do clube no ano passado, o meia chegou a se destacar, mas sofreu com problemas físicos. Para 2020, fez uma pré-temporada prolongada e um trabalho de reequilíbrio muscular, mas nesse tempo viu Nenê deslanchar na sua posição. Sem ser titular, tem entrado nos jogos, mas quase sempre nos minutos finais e ainda não brilhou.
Michel Araújo: o meia-atacante uruguaio ainda está em fase de adaptação e fez só três jogos, nenhum deles como titular. Nesse pouco tempo não conseguiu mostrar muito, mas poderia ser testado no meio de campo, setor que muitas vezes carece de criatividade.
Miguel: foi bem em quase todas as chances que teve, principalmente no início do ano, quando Odair tinha menos opções no elenco. Fez 17 anos recentemente, mas já mostrou maturidade e bom futebol. Porém, sofreu uma lesão na coxa direita pouco antes da paralisação.