Foto: Raimundo Valentim/ Agência Estado

Nesta quinta-feira, completam-se 25 anos de uma conquista histórica do Fluminense: o Campeonato Carioca de 1995, conquistado com o famoso “Gol de Barriga” de Renato Gaúcho. Por onde será que andam os campeões pelo Tricolor daquele ano? O portal Globoesporte fez uma busca e mostrou como cada um deles ganha a vida atualmente. Tem gerente de posto, professor, auxiliar de pastor, empresário e até Youtuber. Confira:

Wellerson

O ex-goleiro seguiu no Fluminense até 1997 e passou por clubes como Juventude e Coritiba antes de encerrar a carreira em 2003. Após a aposentadoria, ele seguiu no futebol como preparador de goleiros. No Brasil, trabalhou nas categorias de base da Seleção e nos profissionais do America e Audax, ambos do Rio de Janeiro. Na sequência, foi para o Irã, Grécia e, desde 2014, está em Dubai, no Al Wasl. Atualmente está com 48 anos.

Ronald

O ex-lateral-direito também ficou no Fluminense até 1997 e depois passou por Botafogo, América-RN… Ele chegou a ser taxista, mas segue ligado ao “mundo da bola”. Há 22 anos, fundou a Escola Ronald de Futebol, escolinha para crianças de cinco a 13 anos em Vista Alegre, bairro da Zona Norte do Rio de Janeiro, onde mora. Aos 53 anos, é supervisor técnico do “Guerreirinhos”, projeto do Fluminense que auxilia na captação de jovens para Xerém. Amante do Carnaval, ainda virou presidente do bloco de rua “Encosta que ele Cresce”, que fez 15 anos em 2020, e faz parte do “Batuke do Encosta”, grupo de música que toca em casamentos, aniversários e eventos.

Lima

Um dos três expulsos naquela final, o ex-zagueiro ficou no Fluminense até 1997. Passou ainda por grandes clubes como Atlético-MG, Coritiba, Náutico e Paysandu, por exemplo. Após se aposentar, voltou para Recife, sua cidade natal, onde tentou ser técnico e chegou a treinar alguns times da cidade. Atualmente com 47 anos, aluga imóveis e pensa em abrir um salão de beleza e uma hamburgueria. Ele também trabalha em uma igreja evangélica como auxiliar de pastor.

Sorlei

Também expulso na decisão, o ex-zagueiro ficou no Fluminense só até o final do ano, indo em seguida para o São Paulo e depois para o Guarani, onde ficou até o ano 2000. Depois de se aposentar, voltou a morar em sua cidade natal, Paranavaí (PR), onde tem uma construtora civil. Está com 46 anos.

Lira

Outro jogador que recebeu o cartão vermelho naquele Fla-Flu, o ex-lateral-esquerdo deixou o Fluminense logo após o título e foi para o rival Flamengo. Jogou ainda por clubes como Guarani, Atlético-MG e Athletico-PR antes de se aposentar. Em 2009, foi “levado” por Romário ao America-RJ, onde comandou o título da Série B do Campeonato Carioca. Também já treinou o Barra da Tijuca, quando a equipe subiu da terceira para a segunda divisão do Estadual. Aos 54 anos, vive a expectativa pós-pandemia para assumir algum clube da Série B do Rio.

Márcio Costa

O ex-volante ficou no Fluminense até 1997 e depois passou por clubes como o rival Flamengo, Corinthians… Jogou profissionalmente até ano passado, quando defendeu o Santa Maria aos 48 anos no Campeonato Brasiliense. Atualmente com 49, continua morando no Rio de Janeiro, mas passa a maior parte do tempo em Brasília, onde trabalhou no Governo e joga pelo time de master do Capital-DF e pela seleção de master de Brasília (foi campeão da categoria em 2018 e 2019).

Aílton

“Autor” do gol do título de 1995 segundo a súmula, o ex-meia ficou no Fluminense até 1996 e depois passou por outras grandes clubes, como Botafogo, Grêmio, Ponte Preta… Após se aposentar, virou treinador de vários times de menor expressão do Rio, como America, Resende, Audax, Volta Redonda, Cabofriense, Portuguesa… Em outros estados, chegou a dirigir o Brasiliense e o Tupi-MG e fez estágios fora do país no Barcelona e Real Madrid, ambos da Espanha. Voltou às Laranjeiras em 2019 e completa um ano como funcionário do clube justamente nesta quinta-feira. Atualmente, aos 54 anos, é auxiliar-técnico da equipe profissional e do sub-23 tricolor.

Djair

O ex-meio-campo saiu do Fluminense logo após o título, mas voltou para uma última passagem em 2003. Defendeu ainda outros clubes grandes como São Paulo, Corinthians, Flamengo, Botafogo, Cruzeiro e Atlético-MG, por exemplo. Depois de se aposentar, chegou a ser técnico do Madureira, mas atualmente, aos 48 anos, trabalha como observador técnico de base da CBF, nas categorias do sub-15 ao sub-23. Ele viaja o Brasil analisando jovens já monitorados e com potenciais de convocação.

Rogerinho

Herói do Fla-Flu que antecedeu ao do título, o ex-meia ficou no Fluminense até 1997 e depois passou por alguns clubes como América-RN e Fortaleza antes de pendurar as chuteiras. Após a aposentadoria, virou professor de Educação Física em Campo Grande, bairro da Zona Oeste do Rio de Janeiro, onde mora. Aos 51 anos, ele precisou se adaptar à realidade da pandemia e tem ministrado aulas por videoconferência.

Renato Gaúcho

Herói do título com o famoso “gol de barriga”, o ex-atacante ainda ficou no Fluminense até 1997, com direito a um intervalo para “estágio” como treinador principal em 1996. Passou ainda pelo Flamengo e Bangu antes de se aposentar em 1999 e dar início oficialmente à carreira de treinador. Voltou às Laranjeiras em mais cinco passagens: em 2002-2003; outra em 2003; em 2007-2008; uma em 2009; e a última em 2014. Conquistou o título da Copa do Brasil em 2007 e por pouco não alcançou a glória com a Libertadores no ano seguinte. Treinou ainda Vasco, Bahia, Grêmio, Athletico-PR e se consolidou na função ao retornar ao Grêmio em 2016. De lá para cá, faturou uma Copa do Brasil, uma Libertadores, dois campeonatos gaúchos e uma Recopa Sul-Americana. Está com 57 anos.

Leonardo

Autor do segundo gol do Fluminense naquela final, o ex-atacante ficou no clube até 1996. Depois, jogou por América-RN, ABC e encerrou a carreira em Portugal, onde defendeu o Paços de Ferreira e o Aves. Atualmente com 51 anos, mora em Três Rios, no interior do Rio de Janeiro, onde chegou a ter um comércio e hoje em dia é gerente de um posto de gasolina. Em julho, vai começar a fazer um trabalho com escolinha de futebol na cidade vizinha de Chiador, em Minas Gerais. Tem sonho de ser treinador.

Cadu

Cria do clube e primeira substituição do Fluminense naquela final, Cadu ficou nas Laranjeiras até 1998. Depois, passou pelo futebol japonês no Kawasaki Frontale e em seguida rodou por clubes do Rio até se aposentar. Chegou a trabalhar como gerente de futebol do Audax-RJ e retornou às Laranjeiras em 2019 como supervisor técnico da categoria sub-15. Atualmente está com 46 anos.

Ézio

Carrasco do Flamengo, com 12 gols no clássico, o ex-atacante e xodó da torcida foi a última substituição do Fluminense naquela decisão. Deixou o clube após o título e ainda defendeu Atlético-MG, Coritiba, Paysandu, Moreirense de Portugal, entre outros. Após a aposentadoria, voltou a morar no Rio de Janeiro e faleceu em novembro de 2011, aos 45 anos, vítima de um câncer no pâncreas.

Joel Santana

O treinador vivia apenas a sua primeira passagem pelo Fluminense em 1995, mas ele teve outras duas anos depois: uma em 2003 e a última em 2007, quando comandou a equipe no início da campanha do título da Copa do Brasil. Foi técnico de todos os quatro grandes do Rio e ainda de grandes clubes do Brasil, sendo multicampeão na carreira. Fora do país, chegou a treinar o Al Hilal, da Arábia Saudita, o Al Nasr, dos Emirados Árabes, o Vegalta Sendai, do Japão, e a dirigir a seleção da África do Sul. Atualmente, aos 71 anos, virou é dono de um canal no “YouTube”.