Aconteceu nesta segunda-feira, na sede da CBF, uma reunião entre técnicos brasileiros, capitaneados pela Federação Brasileira de Treinadores de Futebol (FBTF), e dirigentes da entidade. No encontro, os profissionais fizeram pedido para tentar limitar a alta rotatividade no comando dos clubes, garantindo, assim, estabilidade no trabalho.
Os treinadores têm como ideia limitar a dois clubes em cada série do Campeonato Brasileiro a participação dos mesmos por ano. Para isso, a entidade deve incluir os itens na pauta do Regulamento Geral de Competições.
– Queremos pedir à CBF, que tem autonomia, é uma entidade privada. Ela pode alterar o regulamento de competições, inserido isso em todas as competições. Aí, não passaria pelo conselho arbitral. Ela pularia essa parte. Ela determinaria como norma a ser exercida em todas as competições – explicou Vagner Mancini, técnico do Vitória e uma das lideranças da FBTF.
Essa solução, no entando, leva a uma outra questão: limitar o número de clubes que os técnicos podem assumir nas séries não diminui justamente o direito deles de exercer a profissão? Mancini responde:
– Ainda estamos discutindo com a parte jurídica. Ninguém quer lesar ninguém. Queremos simplesmente regulamentar melhor a profissão, tendo bons frutos disso.
Outras demandas foram apresentadas pelos treinadores. Eles querem que os clubes só sejam permitidos a contratar um novo treinador quando estes comprovarem ter quitado direitos trabalhistas e de imagem com o antecessor. Mais uma solicitação é que haja uma equivalência entre as licenças brasileiras para técnicos estrangeiros trabalharem no país (a partir de 2019 todos deverão ter a licença A para trabalhar no futebol nacional).
Mais uma solicitação é o reconhecimento da licença brasileira junto a Conmebol e Fifa. Por fim, querem a redução do valor cobrado pelos cursos da CBF. Consideram o montante alto e excludente.
Nomes como Vanderlei Luxemburgo, Tite, Carlos Alberto Parreira, Levir Culpi, Marcelo Oliveira e Rogério Micale também participaram do encontro.