Técnico com ideias consideradas avançadas no futebol atual, Fernando Diniz afirma sempre procurar o melhor posicionamento para seus jogadores. No Fluminense, por exemplo, fez isso com Caio Henrique, tirando-o do meio de campo e o deslocando para a lateral esquerda. Ele vai além e fala que se tivesse sido seu treinador quando profissional, não teria atuado como meia ofensivo. A lista dos atletas que ele já mudou de posição é grande.
– Se eu fosse meu técnico, jamais teria jogado na posição que eu joguei. Era meia-atacante, atacante. Mas se eu jogasse um pouco atrás, teria muito mais facilidade. Fiz isso com o Camacho, que era camisa 10 do Flamengo, virou volante. Tinha um jogador chamado Elder, que jogou no Bahia, que era camisa 10, foi jogar de 5. Nunca me pediram (quando profissional). Eu achava que podia jogar na frente, mas jogador acha. É oferecer, não é achar que com todo mundo vai acontecer isso. Tchê Tchê era camisa 10 também do Audax, jogava mais à frente. O Pablo era um ponta de lado. Comigo ele treinou de tudo, de volante, de tudo. Joguei com ele uma vez no Athletico e tinha três camisas 9 no banco e era um jogo contra o São Paulo. Depois, quando eu estava entrando no campo, que fui perceber. Aí pensei: “Se isso não andar bem, os caras vão pesar pra caramba”. Ele acabou fazendo o gol do jogo e se firmou ali. Acabou sendo reconhecido nacionalmente por ter virado um camisa 9 com muita mobilidade. Temos de toda hora estar buscando alternativas para o jogador se sentir bem – ensina.