Na estreia de Ronaldinho Gaúcho, contra o Grêmio o treinador do Fluminense o pôs como centroavante e foi criticado. Na volta do intervalo, Enderson modificou o posicionamento do craque, utilizando-o mais pela ponta esquerda e o time cresceu de produção. Ele, porém, não se arrepende:
– Fui muito claro naquilo que executei, falei claramente e falarei pela terceira ou quarta vez. Não foi o problema do Ronaldinho (jogar como centroavante). Tanto é que no segundo tempo a gente volta com a mesma formação, sem atacante fixo e ele participa mais do jogo. No intervalo houve uma conversa dos três jogadores que atuam por trás dele para aproximar mais. Quando isso aconteceu, a partir da expulsão do jogador Grêmio, a gente faz a modificação e ele dá uma recuada para a posição dele. A gente sabe disso, não estou inventando nada. Naquele momento, o Ronaldinho era uma incógnita naquilo que poderia suportar. Perdemos o Fred e seria interessante ele fazer essa função. O que funcionou foi em virtude dos três meias, que jogaram distantes no primeiro tempo. Mas não existe arrependimento. Arrependimento é para quem não tem condições de decidir nada, entendeu? São decisões que tomamos e acho que fui prudente, até porque ele conseguiu, com esse posicionamento, jogar os noventa minutos. Provavelmente, se colocássemos em outra função, onde o desgaste seria maior, talvez não conseguisse jogar muito mais do que um tempo.
E para sábado, Ronaldinho voltará á sua posição original?
– Vocês (jornalistas) verão amanhã (sábado). Isso eu falo aos jogadores. Não posso revelar. Vocês, analistas, irão observar. Um time tem de ter encaixe. Sem dúvida, o Ronaldinho é o armador do nosso time. Pode ser pela esquerda, como foi no Barcelona. Pode ser o falso 9. Ele tem a responsabilidade de armar o nosso time. Isso é o mais importante – terminou Enderson.
Apesar do mistério, a possibilidade mais concreta é de Ronaldinho atuar numa das pontas, já que Magno Alves será titular e Marcos Júnior tem feito boas partidas na região central do campo.