Campeão carioca em 2005 com o Fluminense e hoje torcedor do clube, Preto Casagrande tentou a carreira de técnico, mas uma “traição” no Bahia, como o próprio revelou, fez com que se desiludisse com a função. E a inspiração para tentar virar treinador veio de Caio Júnior. Poucos sabem, mas o comandante da Chapecoense falecido na tragédia do voo que caiu na Colômbia era seu primo.
O ex-volante tricolor conta como era a relação entre os dois.
– Primo-irmão. O Caio sempre me inspirou como homem, porque nós tivemos uma história de vida muito parecida. Ele saiu do interior do Paraná, de Cascavel, a mãe dele faleceu há 15 dias, irmã do meu pai. Ele saiu de Cascavel muito cedo para ir para Porto Alegre para ser jogador do Grêmio. Aí teve uma carreira boa em Portugal, enfim, ele tem uma história de vida muito bonita como homem. Ele sempre foi referência para mim, ele era tipo um espelho. E eu fui pelo mesmo caminho – disse, complementando:
– Fui para o Rio jogar no Vasco com 15 anos, ele saiu (de casa) com 14. Nossa história de vida sempre foi muito parecida. Quando ele foi treinador, treinou o Bahia e o Vitória, então me reaproximei dele, de frequentar minha casa, de estar com os filhos dele, com a esposa. Ele sempre foi referência para mim. E depois dessa passagem pelo Vitória e pelo Bahia foi mais ainda. Sem dúvida nenhuma que a vontade de ser treinador passa também pela experiência que eu vi nele.
Preto defendeu o Fluminense em 2005. Com a camisa tricolor, o campeão carioca fez 39 jogos e quatro gols.