Foto: Lucas Merçon FFC

Está difícil. Devo confessar que pouco ou nada sei sobre a política e os políticos do clube e seus bastidores, embora imagine por saber sobre os outros.

 
 
 

Tento ser a menos injusta possível e me baseio naquilo que escuto nas entrevistas e, SOBRETUDO, no que vejo no campo.

“TÁ FLÓRIDA” esperar algo de bom das mesmas pessoas que comandam o NOSSO FLUMINENSE há sete anos e nos esmagam de angústias e “sofrências” porque, além da podridão dos contratos com salários que até o Corinthians que tem receita de Corinthians se recusa a pagar, há nessa gestão uma total ausência de noção sobre futebol.

Esperava que eles aprendessem com os próprios erros, mesmo que internamente. Estão há sete anos no comando absoluto, sem oposição, donos do conselho deliberativo, conselho fiscal, um completo horrendo funk do “tá tudo dominado” e nem o apego ao poder fez com que essa gente, que chamam de Flusócio, mas que não tem faces nem nomes, em sua maioria, buscasse aprender sobre futebol e com seus erros.

Sai ano, entra ano, quase uma década e o discurso é o mesmo. Teóricos, inseguros porque sem noção de futebol, sequer sabem escolher o perfil para cada função, em especial, para treinador. Bem, basta lembrar que tiveram a “OUSADIA” de contratar Ricardo Drubscky.

Agora falam sobre “herança maldita”, “situação caótica”, “receita de Atlético-GO” como se tivessem assumido o comando na semana passada (e não há sete anos) e nada tivessem a ver com o aumento da despesa, dívida e uma total falta de criatividade administrativa mesmo nos anos em que o país, portanto, todos os clubes brasileiros sofreram com brutal queda de receita.

Ao contrário, tratam a nós, torcida do Fluminense, como retardados e inúteis, debochando com “memes” e até nos bloqueando em redes sociais porque não lotamos o Maracanã ao brigarmos para ficar em 15° ou porque não viramos sócio futebol ao invés de estenderem um tapete vermelho sob nossos pés, como um profissional do ramo faria.

“TÁ FLÓRIDA”! Está tão “Flórida” que “Xuxas” e “Sashas” se recusam a jogar no clube e temos que baixar a cabeça, desmoralizados, para um jogador medonho como Marquinho, quando ele fala de desrespeito e desconsideração.

A maneira como decidem, quando decidem, porque normalmente se escondem atrás de circunstâncias ou de outras pessoas, é a prova cabal que não conhecem nem aprenderam sobre o meio futebolístico, do boleiro.

“TÁ FLÓRIDA!” e estou de cabelos em pé, já pensando em aturar mais um ano:

1 – Um presidente ou diretores que somem, escondendo-se dos holofotes, quando o time perde.

2- Abel se sentindo um “SALVADOR” no estilo: “Eu ganho”; “O time errou no detalhe que treinamos”, quando empatar ou “Não temos elenco, só jovens, estou tirando leite de pedra” nas derrotas. E grande parte da torcida gritando “Alah” para ele, que se equivoca e erra mais do que engana.

“TÁ FLÓRIDA”, mas se superamos os anos 90, rebaixamentos e uma série C, é hora de superar uma década dessa gente sem noção de futebol, que trata com a soberba dos inseguros.

“TÁ FLÓRIDA”! É hora então de ecoar: “à bênção, João de Deus” porque não merecemos passar mais um ano como 2017, 2016, 2015, 2014, 2013 (Obrigada, Flamengo por escalar jogador irregular e nos salvar do rebaixamento com Unimed e tudo!).

Não, não merecemos. “Tá Flórida”. Para onde essa gente vai, na próxima semana, mas, infelizmente, com passagem de volta.

Oremos.

Toque rápido:

– Gustavo Scarpa, uma coisa é errar fazendo cara feia para uma torcida que o idolatra cuja maioria, como eu, é de pessoas de família que pagam para assistir aos jogos. Outra coisa é o seu direito de querer sair e receber seu salário e ser feliz. No entanto, friso: jogador mistura torcedor/instituição com dirigente “A”, “B” e ainda ganha em direito de imagem. Seus clubes de coração são as agências de gestores de carreira, mas que gestores são esses que fazem ídolos eternos como Fred, Conca, Cavalieri saírem sem sequer separarem o Fluminense de seus dirigentes? Fiquem atentos porque na Europa, onde vivi nos últimos anos, entre Inglaterra e Portugal, isto é inadmissível. E a carreira é curta. O dinheiro acaba. Por isso, a credibilidade é tudo. Boa sorte, rapaz.

– Obrigada, Cavalieri. Você foi nosso melhor goleiro em 30 anos. O físico já atrapalhava o reflexo, a agilidade. É a crueldade do tempo sobre o físico. Mas o dispensar assim, como saiu na imprensa, não representa a maioria da torcida do Fluminense que é tão digna quanto a sua carreira.

– Pergunto: como um clube que não paga em dia seu elenco profissional tem dinheiro para sustentar Xerém e STK Fluminense Samorin? Quem sustenta?

– Como precisávamos de uma “Lava-Jato”…

Fraternalmente,
ST.