Fifa segue atrás de investidores e não conseguiu receitas projetadas na concepção da competição
A cerca de cinco meses do início do Super Mundial de Clubes, que será disputado entre junho e julho nos Estados Unidos, a Fifa ainda não tem definida a remuneração para os participantes da competição. Há dois motivos para isso. A entidade ainda fecha parte das receitas e define os critérios de distribuição do dinheiro entre as agremiações, informa a coluna do jornalista Rodrigo Mattos no site Uol.
Campeão da Libertadores em 2023, o Fluminense será um dos participantes. Está no Grupo F, com Borussia Dortmund (ALE), Ulsan (COR) e Mamelodi Sundowns (AFS).
A Fifa está perto de resolver quais serão as cotas por clubes. As receitas estão abaixo do projetado na concepção do torneio. Inicialmente, a entidade fazia pedidas ambiciosas, no patamar de Copa do Mundo, por direitos de TV. No fim das contas, a DAZN assinou contrato de US$ 1 bilhão (R$ 5,7 bilhões) pelos direitos globais. A empresa de streaming (com perdas em receitas nos últimos anos) pode fazer sublicenciamento para televisões pelo mundo. No Brasil, a Globo negocia para ter os direitos.
Tem ainda outros três patrocinadores: Hinsense, Inveb e Bank of America. Existe possibilidade de novas adições. As vendas de ingressos começaram no fim do ano passado. Tem ainda a aposta de receitas com os pacotes de hospitalidade.
Esses dados serão importantes, pois influenciarão nas cotas. A Fifa investirá tudo que for arrecadado no Super Mundial em premiação aos participantes, retirando apenas os custos. A entidade não usará dinheiro próprio para turbinar as cotas e também não irá lucrar com o torneio.
Existe também a questão do critério de distribuição do dinheiro. A Fifa entende que teria de ser paga uma cota básica pelos três jogos iniciais (fase de grupos). Mas havia a discussão se seriam valores iguais. Dirigentes afirmavam, por exemplo, que não seria possível pagar o mesmo ao Real Madrid (ESP) a um clube da Oceania em virtude dos europeus terem marcas mais fortes e pressionarem pela remuneração.
Clubes brasileiros e mexicanos também pressionam por um critério objetivo para a divisão. A Fifa pode turbinar as cotas em fases mais avançadas do Super Mundial. Em breve, a conta deverá ser apresentada aos participantes.