Cheio de desfalques (sem nomes como Marcelo, Felipe Melo e John Kennedy), o Fluminense foi a campo e não jogou nada contra o Bragantino, na noite deste domingo, no Nabi Abi Chedid, pela 28ª rodada do Campeonato Brasileiro. O resultado não poderia ser diferente: 1 a 0 para o vice-líder da competição diante de um Tricolor desfigurado, com a opção do técnico Fernando Diniz de começar com André na zaga (situação essa normalmente adotada no decorrer das partidas) e Daniel (improdutivo) como homem de criação no meio de campo (com Ganso poupado no banco de reservas). O gol foi marcado por Eduardo Sasha em cobrança de pênalti.

A formação completamente diferente foi logo dando mostras de que a noite seria complicada. Mal começou o jogo e Aderlan, sem querer, acertou a trave de Fábio ao tentar um cruzamento. Mesmo poste carimbado por Matheus Fernandes, este sim numa jogada trabalhada após driblar Martinelli. Desfigurado, o Fluminense não era sombra do time que costuma ser. Até mesmo quando vai mal, costuma der uma identidade e procurar os lances sendo dono da posse de bola.

 
 
 

Com um meio de campo pouco criativo, o Flu conseguia sair mais quando Keno achava alguma possibilidade em espetadas pelas pontas. Foi assim que achou Samuel Xavier e o lateral-direito acertou chute espalmado por Cleiton que o cego bandeira deu tiro de meta. Mesmo assim era pouco demais e o Bragantino, diga-se, jogava melhor. Quando Diogo Barbosa errou um bote e Alexsander, afobado, cometeu pênalti em Matheus Gonçalves, saiu o gol do time da casa. Eduardo Sasha deslocou Fábio e abriu o marcador.

Por incrível que pareça, atrás no placar o Fluminense deu uma ligeira melhorada e passou a equilibrar as ações. Até começaram a finalizar. Arias de falta obrigou o goleiro a trabalhar. Cleiton ainda pegou uma em que Daniel recebeu de Keno e limpou bem, mas bateu fraquinho demais.

O finzinho de primeiro tempo menos ruim do que havia sido o início de partida talvez tenha dado a Fernando Diniz a impressão de que não precisava mexer na equipe. Percepção essa que durou menos de 15 minutos diante da ineficácia tricolor. Ele, então, tentou com Ganso e Yony González no lugar dos apagados Daniel e Alexsander, respectivamente. Não adiantou. Depois ainda sacou Diogo Barbosa, que também estava mal, para entrada de Leo Fernández. Também não resolveu. Por fim, já no desespero, sacou o outro lateral, Samuel Xavier e promoveu a entrada de Lelê. A impressão que dava era que poderiam seguir jogando por mais três horas e nada de diferente aconteceria. Cano, impedido, ainda chegou a balançar a rede paulista. O Flu volta a campo na quarta, contra o Goiás, em Volta Redonda.

O Fluminense jogou com: Fábio, Samuel Xavier (Lelê, 39′ do 2ºT), Marlon, André e Diogo Barbosa (Leo Fernández, 29′ do 2ºT); Alexsander (Yony González, 14′ do 2ºT), Martinelli e Daniel (Ganso, 14′ do 2ºT); Jhon Arias, Keno e Germán Cano.