(Foto: Divulgação de campanha)

Nas últimas semanas, antes do processo eleitoral que movimentou o Brasil de ponta a ponta neste domingo, muitos sócios do Fluminense foram pegos de surpresa. Através de e-mails, redes sociais pessoais e até mesmo correspondências, tricolores das mais diversas partes do Rio de Janeiro receberam material de campanha do vice-presidente de ação social e governamental, Edmundo Coelho, de 50 anos. Só havia um problema: muitos acreditam que ele utilizou a base cadastral de associados do clube para possibilitar esta manobra.

Candidato à Deputado Estadual Rio pelo Podemos, ele recebeu pouco mais de 4 mil votos e não conseguiu se eleger. Entretanto, a forma como divulgou a campanha virou discussão externa e interna dentro do Fluminense, por conta do uso dos dados dos tricolores. O NETFLU entrou em contato com a assessoria institucional do Tricolor, que rechaçou a liberação de dados de sócios, afirmando que o dirigente utilizou apenas cadastros feitos por conta própria.

– O clube não liberou e foi informado pelo VP (Edmundo Coelho) que ele utilizou cadastro produzido por ele – disse o clube.

O portal número 1 da torcida tricolor seguiu questionando a comunicação do Flu sobre como esse cadastro havia sido feito por ele. O Fluminense, porém, não respondeu a questão, principalmente como ele teve acesso aos endereços de alguns torcedores. O NETFLU também entrou em contato com Edmundo por dois dias seguidos, mas o político preferiu adotar o silêncio.

Alguns torcedores receberam o material de campanha diretamente pelos Correios, em suas residências

É importante ressaltar que, em 2019, quando fora entrevistado de maneira exclusiva pelo porta NETFLU, o vice-presidente de ação social e governamental do Fluminense disponibilizava o seu Whatsapp para torcedores que quisessem ajudar com doações, críticas e sugestões. Parte dos dados, embora não confirmado por ninguém, pode ter saído daí.

O dirigente tricolor também fez campanha, via e-mail, com sócios
 
 
 

Por fim, não é de hoje que o dirigente da gestão Mário Bittencourt tem seu nome ligado a confusões envolvendo o uso do clube e política externa. Em julho de 2020, ao fazer uma campanha de doações pelo Tricolor, ele associava a ação com o fato de ser político. Isso gerou críticas de todos os lados e, até, uma nota oficial do Fluminense, que o orientou a não mais fazer uso pessoal de campanhas feitas pela instituição das Laranjeiras.

Essa foi uma das várias vezes em que Edmundo assinou como “Seu amigo, seu político e seu vice-presidente de ações sociais e governamentais do Fluminense”