Foto: Marcelo Gonçalves/FFC

Em 2023, o Fluminense, em determinadas partidas, vem atuando com uma formação onde os pontas – Keno e Arias – ficam mais presos, abertos. Isso gerou discussões acaloradas nas redes se essa medida engessa demais um time que ficou conhecido por não guardar posição, com todos os jogadores circulando a bola. O técnico Fernando Diniz rebateu esse argumento, entendendo que as pessoas sempre partem do resultado para fazer uma análise.

– A gente fica muito preso para falar do resultado e pouco do que acontece do jogo. Tinha gente que chegou para mim discutindo, dizendo que os pontas estavam abertos. Tínhamos acabado de jogar contra o Bangu, a melhor partida do ano, sem sombra de dúvidas, com os pontas abertos. Aí eventualmente o resultado não vem, as pessoas têm a vontade muito grande de saber a solução. Quase sempre quando todo mundo está falando a mesma coisa dá errado. E quando é uma coisa muita clara para todo mundo só o idiota do treinador que não enxerga? Não é isso que acontece. Enquanto as pessoas criticavam os pontas abertos, já tinha visto que eles eram parte da solução contra o Volta Redonda. Aí a gente foi achando outras coisas: os laterais começaram a jogar mais por dentro, colocamos mais gente na linha da frente, os zagueiros foram muito mais agressivos com a bola, troca de passes mais rápida. Jogar no Maracanã é muito diferente porque o campo é muito melhor, as dimensões um pouco maiores (do que no Raulino). Uma série de coisas para construirmos o 7 a 0. Talvez a minha maior diferença do que as pessoas estavam pensando é que eu não achei que foi um desastre a derrota de 2 a 1, sob hipótese alguma. Teve muita coisa boa que vi no jogo, corrigimos o que estava errado e somada a uma ou outra complexidade construímos a vitória de 7 a 0 – comentou Diniz.

 
 
 

O atual campeão carioca volta a campo na briga pelo bi no dia 2 de abril, contra o Flamengo. O jogo derradeiro será no dia 9. Ao contrário das semi, não há qualquer vantagem nas finais,