A intenção é boa, mas a prática talvez não seja tão simples. O desejo do Atlético Nacional de declarar a Chapecoense campeã da Copa Sul-Americana de 2016 pode não ser o suficiente. O UOL Esporte apurou com dirigentes da Conmebol que uma vaga na Libertadores em 2017, em disputa na Colômbia, pode transformar em sonho a homenagem às vítimas do acidente aéreo da madrugada desta terça-feira (29).
Explica-se: se o Atlético fosse o campeão da Sul-Americana, o time “acumularia” duas vagas para a disputa da Libertadores, uma vez que eles são os atuais campeões da competição mais importante. Como isso não é possível, um desses “bilhetes de entrada” seria repassado ao clube colombiano que ficasse na melhor posição do campeonato nacional e não conseguisse a vaga de maneira automática.
Por isso, em um primeiro momento, a Conmebol apenas elogiou o pedido do Atlético Nacional, mas preferiu não confirmar que ele será atendido.
Na prática, isso se assemelha com a possibilidade de o 7º colocado do Brasileirão conseguir uma das vagas com um eventual título do Atlético-MG na Copa do Brasil. Como já se garantiu na zona de classificação à Libertadores por meio do Brasileirão, os mineiros transformariam o G-6 do Nacional em G-7.
Caso a Conmebol aceite o pedido, a entidade precisará dar a vaga da Libertadores à Chapecoense, cortando esse benefício disputado por algumas equipes colombianas. Até a noite desta terça-feira (29), no entanto, os dirigentes da confederação sul-americana ainda não haviam recebido nenhuma negativa de nenhuma entidade.
Enquanto o futuro desportivo não é definido, confederações e equipes já mostraram amplos planos de ajudar a Chapecoense na reconstrução. Palmeiras, São Paulo, Corinthians, Santos e Ponte Preta já colocaram seus jogadores à disposição para um empréstimo gratuito e ainda estudam ações como impedir que a equipe de Santa Catarina seja rebaixada por um determinado período de tempo.