Fluminense cometeu erros que custaram caro (Foto: Mailson Santana - FFC)

Ao empatar por 1 a 1 com o Barcelona (EQU), quinta-feira, em Guayaquil, o Fluminense deu adeus à Libertadores na fase das quartas de final. O site ge fez reportagem listando os sete pecados capitais que culminaram com a queda tricolor na competição.

Veja qual foi a análise do portal:

 
 
 

1) Perda de Caio Paulista
Não foi agora, é verdade. Caio Paulista se machucou no dia 24 de julho, na derrota por 1 a 0 para o Palmeiras no Allianz Parque, pelo Campeonato Brasileiro. Ele sentiu a coxa direita no início do segundo tempo, mas não foi algo tão grave porque ele saiu andando normalmente e conseguiu voltar para o jogo. Só que o problema foi justamente tê-lo deixado retornar. Minutos depois, ao esticar a perna na área para tentar um corte, sentiu novamente e precisou sair de maca. A lesão acabou sendo grau três, com um mês de recuperação, deixando um dos principais jogadores do time fora tanto da partida de volta com o Cerro Porteño, nas oitavas de final, quanto dos dois jogos com o Barcelona de Guayaquil.

2) Falta de reposição
Além de perder Caio Paulista, o Fluminense não reforçou o elenco para as quartas de final (já não havia contratado ninguém para as oitavas de final). O clube até anunciou dois jogadores neste segundo semestre, mas o volante Nonato não podia mais jogar a Libertadores por já ter estado com o Inter nas fases de mata-mata do torneio; e o meia colombiano John Arias, destaque do Santa Fe, chegou depois do fim do prazo de inscrições da Conmebol para os jogos contra o Barceloa de Guayaquil. Faltou agilidade da diretoria tricolor para concretizar a negociação mais rápido.

3) Lance para matar o primeiro jogo
No primeiro jogo contra o Barcelona de Guayaquil no Maracanã, o Fluminense abriu o placar no primeiro tempo e começou a etapa final pressionando, quando teve uma chance de ouro para marcar o segundo e “matar o jogo”. Aos seis minutos, Gabriel Teixeira recebeu um bolão de Cazares na área e viu Fred no meio. Ao tentar cruzar, furou, mas acabou fintando o goleiro. Quando conseguiu cruzar na sequência, Fred furou a cabeçada. Foi a chance mais clara que teve com bola rolando nas duas partidas diante dos equatorianos. Era o 2 a 0 que poderia ter mudado tudo…

4) Falha de Marcos Felipe
Mesmo perdendo aquele gol, o Fluminense tinha o jogo na mão e sequer levava sustos. Mas em uma bola despretensiosa, um cruzamento balão para a área, Preciado ganhou de Martinelli pelo alto e cabeceou sem muita força. Era uma boa completamente defensável, mas em um campo molhado pela chuva, Marcos Felipe falhou e acabou espalmando para dentro do gol. Foi ali, aos 23 minutos do segundo tempo, que o Fluminense colocou o Barcelona de Guayaquil no páreo novamente.

5) Pênalti bobo
Ainda no primeiro jogo, Martínez recebeu o segundo cartão amarelo e foi expulso aos 31 da etapa final, deixando o Fluminense com a vantagem de jogar por pelo menos 15 minutos com um jogador a mais. Porém, aos 39, em uma bola aérea na defesa tricolor, Nino subiu com o cotovelo no pescoço de Garcés, e o árbitro nem precisou do VAR para marcar. Gabriel Cortez cobrou e converteu, dando dois gols fora de casa ao Barcelona de Guayaquil que acabaram pesando na eliminação tricolor.

6) Perda de Yago e volta ao esquema anterior
Após perder também Gabriel Teixeira por lesão, ainda no Maracanã, Roger Machado decidiu enfim mudar a formação e testou uma trinca de volantes contra o Internacional no Campeonato Brasileiro. Apesar da derrota por 4 a 2 no Beira-Rio, com dois gols sofridos nos acréscimos, o desempenho foi positivo e deu confiança para Roger Machado repetir a tática no Equador. Deu certo, e o Fluminense dominou o jogo por inteiro no primeiro tempo, criando boas chances. Mas após perder Yago machucado no início da etapa final, o técnico optou por colocar Kayky e retornar o esquema com pontas. A mudança forçada deu o meio de campo ao Barcelona de Guayaquil, que cresceu no jogo.

7) Vacilo da defesa
Logo depois, aos 27 minutos do segundo tempo, o Barcelona de Guayaquil chegou ao gol que definiu a sua classificação, em lance onde o Fluminense cometeu o seu último pecado para a eliminação. Hoyos lançou por cobertura e deixou Mastriani cara a cara com Marcos Felipe em posição legal. E a defesa tricolor parou pedindo impedimento que não existiu. Foi uma jogada muita rápida, mas o atacante uruguaio ainda dominou a bola antes de bater. Se Luccas Claro tivesse acompanhado, poderia ter tido a chance de cortar, bloquear ou apenas atrapalhar o adversário na hora do chute.