Ao que parece, as polêmicas arbitragens em jogos envolvendo o Fluminense, assim como consecutivos erros favoráveis ao Flamengo não têm entrado muito em pauta na Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Quando um clube sente-se prejudicado pela atuação da arbitragem, um representante formaliza uma queixa. O trabalho da Comissão de Arbitragem da CBF vem alcançando resultados positivos e o quadro de reclamações é um deles: o número de registros na ouvidoria caiu de 24 em 2016 para 8 este ano. Este cenário considera as 10 primeiras rodadas do Brasileirão das séries A e B.
No ano passado, os times procuraram a Ouvidoria da Arbitragem para citar 14 partidas da Série A, levando em conta os 100 primeiros jogos da competição. No Brasileirão de 2017, foram 3 queixas. A Série B também trouxe queda nas reclamações, sendo 10 em 2016 e 5 este ano.
– Investimos em um sistema avançado, com uso de tecnologia, para monitoramento e análise criteriosa da arbitragem. O público é sempre informado de todos os nossos passos, como o novo seguro dos árbitros e os relatórios sobre as decisões em cada rodada. Estamos trabalhando os pilares fundamentais [técnico, físico, psicológico e social] para melhorar o nível das atuações – afirmou o presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, Marcos Marinho.
Análise de 300 horas de futebol
A Comissão de Arbitragem da CBF inseriu novas ferramentas no processo de monitoramento e análise de desempenho. O sistema de avaliação é multidirecional, com analistas no estádio e debulhando os vídeos de todos os duelos das duas principais divisões.
Nos 200 primeiros confrontos do Brasileirão, somadas as rodadas das séries A e B, foram analisadas 300 horas de futebol, com 400 relatórios, divididos entre os 108 analistas de campo e os 33 de vídeo.