(Foto: Lucas Merçon/FFC)

Caos no campo jurídico, futebolístico e financeiro no Brasil, enquanto que os principais dirigentes do Fluminense estão em Orlando, nos EUA, onde o clube participa da Florida Cup. Membros da delegação tricolor, o presidente Pedro Abad e o CEO Marcus Vinicius Freire delegaram a responsabilidade para uma trinca de vice-presidentes amadores, mas Ronaldo Barcellos (vice comercial), Diogo Bueno (finanças) e Miguel Pachá (jurídico) têm de administrar suas agendas pessoais com a responsabilidade de resolver graves problemas do Flu, o que dificulta a resolução de questões.

Segundo o portal Uol Esportes, “Pai” da ideia da barca de dispensas, Diego Bueno está de férias em seu trabalho e viajou com a família. Pachá, por sua vez, já voou [por conta própria] para acompanhar a Florida Cup, mas estes dias de descanso já estavam agendados bem antes de assumir compromissos com o Tricolor.

 
 
 

Enquanto isso, ainda segundo a publicação, a presença de Freire nos Estados Unidos é questionada nas Laranjeiras. Contratado para comandar o barco, o executivo está longe justamente em uma hora que o clube precisa de direção. Um caso recente emblemático envolveu o zagueiro Henrique. Os vices asseguraram para os integrantes do departamento de futebol que o caso estava encerrado. Esqueceram, no entanto, de colocar tudo no papel, confiando apenas em um acordo “de boca”. Irritados, os representantes do ex-capitão entraram com ação judicial cobrando atrasados do Flu.

Além do fato que envolveu o futuro jogador do Corinthians, a ausência de uma “autoridade” também desagradou os interlocutores de Diego Cavalieri, outro que acionou o Tricolor judicialmente. No conturbado bastidor do clube, o que mais se escuta é que estão todos “batendo cabeça”.

Não é só isso. Em meio a toda esta confusão, alguns profissionais tricolores têm de acumular tarefas que, a princípio, não deveriam ser deles. Diretor esportivo da base, Marcelo Teixeira tem auxiliado nas conversas com possíveis reforços. Marcelo Penha, assessor da presidência, também ajuda. Os dois, inclusive, foram os responsáveis por comunicar o desligamento dos oito jogadores, em dezembro de 2017. Empossado na vice-presidência de futebol em 14 de dezembro, Fabiano Camargo tem cuidado de assuntos tratados internamente como “estratégicos”. Procurada, a assessoria de imprensa do clube disse que não comentaria o assunto.
Não bastasse o caos institucional, a política ferve no clube. Na última sexta-feira, um grupo de dez conselheiros publicou, no diário “Lance!”, uma carta em desagravo à gestão. Ex-correligionários de Abad, os tricolores bateram forte no que chamaram de “despreparo para gestão” e pediram a destituição de toda a cúpula de futebol. Em um movimento contrário, o vice-presidente Cacá Cardoso promoverá, no próximo sábado, um almoço que reunirá pessoas alinhadas ao presidente.