Marcelo Oliveira diz que quando foi demitido já trabalhava pensando no elenco para esse ano (Foto: Lucas Merçon/FFC)

Treinador com passagem recente pelo Fluminense, Marcelo de Oliveira completa, nesta sexta-feira, um ano sem trabalhar. O técnico não acertou com qualquer outro clube desde a saída do Tricolor, no dia 29 de novembro de 2018, faltando uma rodada para o término do Campeonato Brasileiro do ano passado. Ele garante não ter mágoa, apesar de considerar um erro sua demissão.

— Acho que não é a melhor forma de demitir um técnico. Um mês antes da minha demissão, os dirigentes me procuraram para a gente compor o elenco para o ano de 2019. Começamos a olhar. Estávamos a um ou dois pontos para sair do rebaixamento e firmes na disputa da Sul-Americana. Então, era considerado um trabalho muito bom. O dia a dia era bom, a diretoria assistia aos treinamentos, às preleções… Mas é comum, porque eles (dirigentes dos clubes) repassam a responsabilidade, como se fosse: “Ah, o problema é o técnico, todo mundo aqui está certo, ninguém mais está errado”. Mágoa eu não tenho, porque já estou nisso há muito tempo, então eu já tenho experiência o suficiente para saber como as coisas funcionam comigo e com outros técnicos. Agora, são decisões infelizes, porque não há convicção nenhuma. A gente ia jogar com o América-MG, no Maracanã e com possibilidade de dois resultados, então a chance era muito grande de permanecer – disse.

 
 
 

Marcelo conduziu o Fluminense até a semifinal da Sul-Americana do ano passado, sendo derrotado pelo Athletico-PR.

Após a saída do Flu, ele pensou em tirar alguns meses de descanso. Porém, acabou ficando mais tempo do que o imaginado inativo.

– A verdade é que eu tinha feito a opção para ficar os primeiros meses do ano descansando, porque vinha de uma maratona forte, de sete ou oito anos muito intensos. Depois disso, eu já pretendia voltar, mas os times que eu achei que poderiam me chamar, não chamaram. Tive propostas de outros clubes, que eu não interessei, a não ser dois que eu negociei mas acabei não entrando em acordo financeiro, que foi o Goiás e o Botafogo. Os dois clubes eu interessei em conversar, depois teve outros que eu achei que não seria legal. (…) O Botafogo e Goiás não fizeram proposta, pediram para eu fazer, mas depois acharam que não dava para pagar, aí não desenvolveu – explicou.