Alvo de reclamações frequentes nas últimas temporadas, o campo do Maracanã apresentou uma melhora e esteve em boas condições na quarta, quando o Fluminense venceu o Juventude, pelo Brasileirão. Segundo a Greenleaf, empresa que faz a manutenção do local, a adoção do gramado híbrido, em 2022, é responsável pela situação.
– Essa é a causa principal. Passamos os últimos anos estudando essa tecnologia do híbrido e oferecemos aos gestores do estádio muito convictos de que solucionaríamos o problema dos anos anteriores. É impossível um gramado normal aguentar cerca de 90 partidas por ano em boas condições sem essa tecnologia, ainda mais sem sol. Talvez aguentasse se não tivesse a cobertura que foi colocada durante as obras para a Copa do Mudo de 2014 – explicou Flavio Piquet, um dos sócios da Greenleaf, antes de complementar:
– O gramado híbrido é uma tendência mundial e o Maracanã tem uma tecnologia semelhante a que será utilizada nos gramados da próxima Copa do Mundo – finalizou.
A troca pelo gramado híbrido no Maracanã ocorreu no início desta temporada, sendo custeado por Flamengo e Fluminense, concessionários do estádio, pelo montante de quatro milhões de reais, aproximadamente. A tecnologia é adotada nos principais estádios do futebol europeu.
O gramado híbrido é natural, mas com 10% de fibras sintéticas. Essa tecnologia faz com que o micro nivelamento do campo seja preservado pela resistência que isso causa no solo e evita os danos da superfície.
O que historicamente dificulta a manutenção do gramado do Maracanã é o alto número de jogos. Para efeito de comparação, o Camp Nou, casa do Barcelona (ESP), recebe em média 26 jogos por temporada. Só nos últimos 6 meses, foram 49 partidas no palco carioca, de Flamengo, Fluminense, Vasco e Seleção Brasileira.