O projeto Fluminense STK Samorin chegou ao fim. Pouco mais de oito meses após decidir buscar patrocínios para diminuir os custos de manutenção, a direção tricolor não conseguiu efetivar acordo com as empresas interessadas e começou a elaborar a notificação a ser enviada ao clube da Eslováquia para dar fim a parceria iniciada em 2015.
– Propomos o fim do projeto por conta da dificuldade financeira para sobreviver aqui. O pouco recurso que o Fluminense tem hoje tem de ser direcionado para fazer um bom trabalho na base e no profissional. Não se pode sonhar em oferecer pós-graduação aos atletas se não conseguimos dar o colégio – confirmou Marcelo Teixeira, diretor da base do Fluminense.
O documento formalizando o fim da parceria é uma obrigação contratual. Há um prazo mínimo de seis meses entre o aviso e a saída de jogadores e funcionários tricolores da Europa. A ideia é encerrar a relação antes do início da temporada 2019/20. Com o agravamento da crise financeira nas Laranjeiras, houve atraso salarial de cinco meses no clube eslovaco e alguns atletas conciliaram treinos com empregos fora do clube para complementar renda.
Em abril do ano passado, Marcelo Teixeira, diretor da base, foi convocado pelo Conselho Deliberativo para dar esclarecimentos. À época, defendeu o encerramento das atividades na Eslováquia ao entender que a falta de recursos comprometia a execução do projeto. No mesmo mês, Abad visitou o clube eslovaco e decidiu buscar patrocínios. A ideia era reduzir o investimento de 63 mil euros (R$ 271 mil, na cotação atual) por mês em 50% em 2019 e ter 100% pago por parceiros em 2020.
Para o primeiro semestre de 2019, o Fluminense reduziu o envio de atletas para a Europa. Foram apenas quatro (Diogo, Gabriel Capixaba, Luquinhas e Peu), além do técnico Leonardo Ramos, do sub-15 em Xerém. As despesas pagas pelo Tricolor, então, caíram para 15 mil euros (R$ 64,7 mil) por mês.