Oi, pessoal.
Pois é… e não é que fui convocada e aqui estou no NETFLU, com alegria e desafio imenso em fazer jus ao convite, à aposta e ao elenco de primeira do site número 1 da torcida tricolor, sem me esquecer de todos que me ajudaram e me ensinaram muito.
O momento delicado por conta da nossa insuportável proximidade à zona do rebaixamento antecipou a minha estreia na casa. Então, vamos lá!
Não gosto nem de demonização nem de salvadores da pátria. Sempre quando leio pessoas ligadas ou partícipes da atual gestão, que administra o Fluminense há quase uma década, elas empinam o nariz como se fossem deuses gregos quando o time vence e vai bem, algo raro desde 2013 (ainda com a Unimed), que chega a beirar o ridículo.
Quando o Fluminense, mais uma vez, despenca tabela abaixo, as mesmas pessoas, que nada aprenderam com os erros durante esses anos todos, estufam o peito e vêm cobrar apoio e presença da torcida, a mesma, por essa gestão, destratada e ignorada (não me esqueço do twitter oficial do clube fazendo gracinha com tricolores).
Nesse cenário horripilante no qual a ausência de conhecimento sobre futebol no campo se mascara com planilhas e a arrogância do inseguro, a principal característica do grupo do presidente Pedro Abad, para piorar, ainda temos uma oposição obsoleta.
Pelo menos essa oposição que conhecemos nas eleições do fim do ano passado: fraca, fragmentada e sem um representante à altura de merecer o célebre voto do “Senhor Preguinho”, aquele que elegia o presidente nos tempos áureos.
O discurso dela é repetitivo e muitos deles ainda se utilizam dos momentos ruins, algo que mais passamos, para se igualarem no deboche e na arrogância dos gestores do clube, perdendo a chance de se elevarem sobre os mesmos que atacam, o que passa, necessariamente, numa autoavaliação: ” – Como e por que conseguimos perder as eleições para ‘os planilheiros’ ? O que nos faltou? O que nos falta?#8221;
No meio desse fogo cruzado, pulsa nosso desespero, nossa angústia e agonia que poucos deles devem sentir como nós, tricolores, torcedores comuns, sócios ou os “de sofá”- mas que pagam o Premiere, compram camisas, dão audiência e devem ser respeitados e cuidados com o mesmo carinho -. embora o marketing da atual gestão e até um sócio futebol criticam.
Não, ninguém é mais tricolor que ninguém! Ninguém!
Quem torce pelo Fluminense como eu e você, que tiramos do nosso bolso, do nosso sustento, um tostão, mesmo que sejam 5 reais para comprar uma caneta do time, 40 ou 160 reais para comprar um boné, quase 300 reais numa camisa, que frequenta o estádio com um custo individual numa média de 150 reais (gastos que incluem ingresso, transporte, alimentação), quem pode doar mil reais para um crowdfounding que seja, os que pagam mensalmente para ser sócio futebol, os que residem em outros estados também não são mais tricolores que aqueles que nada podem tirar do bolso, que não frequentam o estádio, mas assistem os jogos pela TV, os que pouco têm para dar além do sentimento verde, branco e grená na alma e ainda assim se viram e conseguem demonstrar sua paixão pelas ruas, entre bonés, camisas, bandeira pendurada em bicicletas, mesmo sendo produtos não-oficiais.
Não, ninguém é mais tricolor que ninguém. E nesse momento em que novamente enfrentamos a possibilidade do rebaixamento, muitos querem nos dividir.
Considerando que essa diretoria esteja sentindo o mesmo desespero que o rebaixamento nos causa, que sabem que a TV, que mais investe nesse pobre futebol brasileiro, descobriu o quanto ganha em audiência e retorno com um clube grande na Série B, vamos à luta para não sermos nós.
Por isso, meu apelo: não podemos abandonar o Fluminense. Trata-se da gente, sua torcida e não mais de grupos políticos ou de fulano da diretoria atual.
Mesmo com todo sentimento de angústia, desânimo, desilusão, sem vermos em campo um time com postura de time grande, muito porque Abel se agigantou tanto que passou a enxergar seu time como um pigmeu, como vimos na retranca do segundo tempo em pleno Maracanã com um placar de 1×0 somente e contra o pior time do Avaí que me lembro de ter visto.
Não aceito essa pequenez. Não suporto mais essa postura de time acovardado. E só a nossa presença nas partidas no Maracanã nessa reta final empurrará o time para o ataque, com a audácia e a gana dos grandes e a honradez da nossa enormidade.
Sim, “não somos a maior torcida, mas a torcida que tem mais gente”, decretou Nelson Rodrigues com precisão e genialidade. “Torcida que tem mais gente”, como aqueles 18 mil que cantaram os 90 minutos no jogo, domingo passado, multiplicai-vos, porque é hora da nossa gana e honradez serem maiores que nossa desilusão e o desastre administrativo de pelo menos 25 anos.
Nossa história sabemos que é de força, glória e tradição desde o primeiro FlaxFlu “há quarenta minutos antes do nada.”
Somos o Fluminense. Precisamos vencer nosso desânimo e empurrar o time,salvando o clube de um vexame que se eles merecem; nós, não.
E aí sim, depois, cobrar e cobrar muito tanto do presidente Pedro Abad quanto do vice Cacá Cardoso e seus respectivos grupos. Cobrar muito. Cobrar mesmo. Incluindo à oposição capenga.
Por agora, é nos livrarmos do rebaixamento e salvar 2017. Para salvar 2018. E salvar o 2019…
Ao Maraca, para salvarmos o nosso Fluminense dos planilheiros, que sabem de números, estatísticas, mas não diferem o passe vertical do lateral, entendendo mesmo de porcentagens, juros, passivo, ativo, comissões, salários, matemática.
Ao Maraca, “torcida que tem mais gente”, porque “grandes são os outros, o Fluminense é enorme.”
E não merecemos ser rebaixados, já não bastando o apequenamento que nos empurram goela abaixo: diretoria, opositores pálidos, mídia, arbitragem.
Não merecemos ser rebaixados tanto mais.
Nessa reta final, vamo-nos unir, tricolores da terra e do céu, sem as sandálias da arrogância daqueles que lá estão ou querem estar, mas sim calçados do nosso incondicional amor.
“À bênção, João de Deus.”
Toques rápidos:
– Não sei quanto a vocês, mas não me lembro de um lateral esquerdo tão bom como o Marlon, tanto na defesa quanto no apoio.
– A sobriedade do Reginaldo tem-nos ajudado muito tanto quanto sua qualidade na bola aérea. Assim como o Richard, cujo desarme é acima da média, mas é sua colocação e calma que mais tem dado solidez à defesa que estava em frangalhos nos últimos jogos, sofrendo com a ausência da experiência do Henrique.
– Falando em experiência, que impressionante ver o Gum atuando como se não estivesse sequer parado por algumas semanas. Foram meses!
– Momento cornetagem: Gustavo Scarpa, por Jesus Cristo, coloque seu pé na fôrma, no forno, no gelo, qualquer lugar porque você não acerta um lance. Nem chutes nem passes verticais de três metros. Ah, como eu preferia ver o Sornoza mais próximo da área como Scarpa. Mas, tomara que este queime minha língua já contra o São Paulo e faça uma partidaça.
– Trio de arbitragem, nesta quarta, será de São Paulo de novo? Porque a encostada do Juan no Henrique Dourado foi um atropelamento e pênalti. Aliás, é impressão minha ou pararam de marcar pênaltis para o Fluminense ?