Oi pessoal!
Nos últimos dezenove meses, nós tivemos um treinador que só diminuía o seu elenco para ser, ele, o cara. Abel tinha no grupo jogadores que foram para clubes grandes, provando que, individualmente, não eram desprezíveis: como o zagueiro Henrique (Corínthians), Orejuela (LDU), Wendel (Sporting), Scarpa (Palmeiras), Wellington Silva (Internacional), Richarlison (Inglaterra) e o artilheiro da temporada (Henrique Dourado), além do Sornoza, destaque do vice-campeão da Libertadores.
No elenco, ainda contava com o lateral Lucas, com passagens em grandes clubes, e a molecada: Douglas, Mascarenhas, Matheus Alessandro, Mateus Norton e Pedro.
Mas Abel reclamava, reclamava, reclamava…. E quase rebaixou esse time em 2017.
Em 2018, encheu o elenco de volantes e zagueiros. Posicionou o Fluminense como um time acovardado e menor do que um verme: três zagueiros postes, três volantes e apenas Sornoza, Pedro e Marcos Jr. de origem ofensiva, numa linha de dez com o time posicionado entre o goleiro Julio Cesar e a intermediária defensiva.
Apequenando o Fluminense no estilo Flusócio, Abel passou dos limites da covardia tática e soberba pessoal de ser uma unanimidade para maior parte de uma torcida que parecia ter se acostumado a ver o Fluminense do mesmo tamanho deles.
Numa desgraça de escalação, proposta e postura de jogo, Abel pulou do barco com 3 vitórias em 12 partidas, cinco pelejas sem vitória e a dois pontos da zona do rebaixamento.
Marcelo Oliveira chegou, chegando! Logo avisou que acabaria com os três zagueiros e disse que um clube como o Fluminense não poderia apenas participar das competições e, sim, brigar no topo, por títulos.
Parecia ele aquele que teve história no Fluminense. Essas deveriam ser as palavras e a postura do Abel Braga, mas só a vaidade assassina virtudes.
Marcelo Oliveira apostou em duas linhas de quatro, com marcação alta e um time mais agrupado entre as intermediárias contra o Vasco.
Em São Januário, com um pênalti não marcado, jogamos como um time de futebol: que reduz espaços sem a bola, mas com ela ataca em bloco, com cinco, seis jogadores e até sete jogadores.
A busca pelo equilíbrio foi premiada logo depois: vencemos o Sport, em Recife, assustando o adversário, buscando ganhar, com volume de jogo, chances de gol, sem mais jogar “por uma bola”, como a tática covarde do soberbo e “inquestionável” Abel.
No Maracanã, o Palmeiras e seu elenco “rei das galáxias”. Sem a covardia de Abel, o Fluminense cresceu; ao contrário da derrota para o Santos, quando “o ex” pediu o boné. Graças a Deus!
Com Marcelo Oliveira, o Fluminense entrou sabendo como deve ser um Fluminense, no Maracanã.
O time entrou cauteloso, não acovardado. O meio-campo remendado e sem o Sornoza para uma ligação onde a bola corre mais do que o jogador, marcou, fechou a entrada da área e se Airton estava pesado, Norton desarmou e jogou bem.
Responsável pela ligação, Jádson teve a marcação que o Sornoza teria e, sem o corredor livre para progredir, errou passes, obrigando o time a acionar os laterais.
No 1° tempo, muitos chutões e cruzamentos precipitados, buscando Pedro, matou a maior parte de nosso ataque, assim como Marcos Jr.
O gol da proposta de jogo inteligente e sem covardia surgiu do sem pulo com o pé esquerdo do Gilberto.
O gol da tranquilidade, perto do intervalo, renovou o gás e embalou a certeza de que os jogadores, rebaixados pelo ex-treinador, podiam vencer o “todo poderoso” Palmeiras.
E assim foi. Errando menos passes e fazendo substituições cirúrgicas: Everaldo entrou para marcar o lateral e também fechar pelo meio, povoando o setor que o Palmeiras começava a dominar com a entrada do Lucas Lima e a perda de gás de alguns dos nossos jogadores.
Um deles, Airton. Era hora de oxigenar o time: Ibañez fez muito bem o 1° volante e Matheus Alessandro, que já merece a titularidade, novamente, foi muito bem no contra-ataque, no drible, chamando a falta, mantendo a bola com a gente.
Vitórias da nova postura, com atuações da nova mentalidade e ambição do novo treinador.
Continue assim, Marcelo Oliveira! Continuem assim, rapazes! Salvem, em campo, o Fluminense da Flusócio.
E tricolor de coração, continue assim, indo ao Maraca, chegando junto, para ajudar o sóbrio e equilibrado Marcelo Oliveira e os nossos jogadores a salvarem nossa instituição de 2018, conquistando até uma vaga para a Libertadores, feito que times inferiores ao nosso conseguiram no ano passado, como Vasco, Botafogo e Chapecoense.
Adeus, time de covardes! O time de guerreiros que quer vencer voltou!
Bote na bola e ao ataque, Fluzão!
Fraternalmente, ST.
Imagem: Jorge Rodrigues/Eleven/Gazeta Esportiva.