O drama do atual campeão brasileiro parece não ter fim. Com uma atuação abaixo do medíocre, o Fluminense só empatou em casa com a virtual rebaixada Ponte Preta na tarde deste sábado. O Tricolor saiu perdendo e buscou o empate por 1 a 1 no Maracanã. O risco de aproximação da zona da degola, ainda assim, é muito grande. Rafael Ratão fez o gol da Macaca e Diego Sacoman, contra, deixou tudo igual.
Cheio de desfalques, Vanderlei Luxemburgo não teve outra alternativa a não ser apostar na garotada tricolor. O resultado disso foi um time leve, mas nem sempre com a melhor organização em campo.
Atuando pela esquerda, Rafinha se apresentava e dava boa opção. Biro Biro, com sua habitual movimentação, incomodava a defesa adversária. Porém, em alguns momentos abusava das jogadas individuais e, também pelo lado esquerdo, cortava sempre para o meio e rolava muitas bolas para trás, tornando-se um pouco previsível.
Os lances de maior perigo do Fluminense no primeiro tempo acabaram surgindo pelo alto. Gum, de cabeça após cobrança de escanteio, obrigou Roberto a fazer grande defesa. Biro Biro também escorou cruzamento de Samuel pelo lado em jogada rápida. A Ponte, mais retrancada, só chegou a ameaçar em cobrança de falta de Fellipe Bastos que Diego Cavalieri espalmou.
Na segunda etapa, a partida que já era ruim ficou ainda pior. Vanderlei Luxemburgo tentou mudar a cara do Fluminense com as entradas de Igor Julião (ainda no intervalo), Marcos Júnior e Fábio Braga (os dois últimos no decorrer). Porém, os primeiros minutos foram de total pasmaceira em campo. Nenhuma das duas equipes parecia precisar urgentemente da vitória dadas suas situações na competição.
Ainda jogando lá atrás e buscando os contra-ataques, a Ponte ameaçou em lances com Uendel e Fellipe Bastos, salvos brilhantemente por Diego Cavalieri.
A produção tricolor caiu consideravalmente. Nervosa, a equipe errava passes em demasia. E isso não se resumia à garotada. Rafinha e Biro Biro, por exemplo, cometeram vários equívocos, mas experientes como Leandro Euzébio e Jean também. Com um time ágil, porém acéfalo, o Fluminense não conseguia furar o bloqueio adversário.
E foi num contra-ataque ponte-pretano que tudo ficou ainda pior. Rafael Ratão recebeu bola com grande liberdade e bateu de longe. A bola explodiu na trave e, com muito azar, voltou nas costas de Diego Cavalieri e entrou.
Quando parecia que a sorte jogaria contra, o Fluminense também teve felicidade ao chegar no empate em gol contra de Diego Sacoman. Marcos Júnior cruzou, Fábio não alcançou e o zagueiro paulista mandou para a própria rede.
A igualdade até deu um gás extra à equipe. Com chutes de fora da área, Jean e Marcos Júnior fizeram Roberto trabalhar, mas foi pouco para mudar alguma coisa. A situação está feia! Ao fim da partida, as vaias da torcida foram para lá de merecidas. Quiçá até pouco pelo que o Fluminense (não) fez em campo.