O Secretário Nacional de Futebol do Ministério do Esporte, Antônio Nascimento Filho, fez duras críticas aos preços de ingressos que os consórcios que administram os novos estádios têm cobrado. Para ele, os clubes também devem ser responsabilizados pelo encarecimento do espetáculo.
– Estão querendo ganhar muito na bilheteria. Os administradores têm ganância. Temos que estudar o que podemos fazer. O problema também é dos clubes. Lembram que os clássicos no Engenhão eram vazios? Era a tática dos clubes para fazer com que as pessoas buscassem ser sócios torcedores. A ideia é de você gastar dentro do complexo. Se eu gasto R$50 de ingresso, posso gastar R$ 200 lá dentro. Isso acontece na Europa. Chego duas horas antes e almoço. Ainda não se tem essa estrutura. Hoje, deve prevalecer o bom senso. Mesmo assim, devemos destacar o público nas novas arenas. Não sabemos se isso se manterá. Por isso, é legal que esses estádios criem outros atrativos. Só jogo de futebol não segura esses estádios – disse ele, a favor da venda de bebidas alcóolicas dentro das arenas:
– Acho uma grande besteira (proibição). O que é melhor o cara gastar um dinheiro lá fora com cachaça ou dentro do estádio com cerveja? Não consigo entender isso. Todo jogo no Engenhão é assim. A maioria entra momentos antes e acaba prejudicando o acesso. A briga não é dentro do estádio, é fora. Isso é uma forma de o clube ganhar dinheiro. Na Inglaterra é assim. A regulamentação sai até o fim do ano. Hoje o Estatuto do Torcedor leva o Ministério Público a proibir. O que vamos dizer é que passe a ser decisão dos Estados e Municípios a proibição.