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“Se o Fluminense se transformar em empresa hoje, morre”, afirma presidente

Redação

O projeto de lei para a transformação dos clubes em empresa, aprovado no fim da tarde de terça-feira pela Câmara dos Deputados, foi debatido pelo presidente do Fluminense nesta quinta. Mário Bittencourt garante ser favorável ao projeto, mas diz que o Tricolor ainda não está preparado.

– Participei de toda a discussão. A gente não pode confundir a palavra empresa com gestão. Transformar em empresa não é salvação de ninguém. Porque se não tiver gestão, a empresa quebra. Alguns clubes do Brasil não são empresa e são bem geridos. Em que pesa as receitas do nosso maior rival serem muito maiores do que as nossas, há que se parabenizar o trabalho que o presidente anterior fez de reconstrução e equacionamento das dívidas. Jogar fora o trabalho que o Bandeira de Mello fez no Flamengo não é correto. E é um clube que se reconstruiu sem ser empresa, porque foi bem gerido. E diante da legislação nova que está para sair, ele não será empresa. Esse projeto prevê a abertura de capital estrangeiro. Ele vislumbra que, sendo empresa, pode vender o clube para alguém. Falando o português claro, é isso. Poderão comprar ações do clube. Mas transformar o clube em empresa, aumenta a carga tributária de maneira proporcional. Ela vai aumentar de 5% para 15%. Se um clube como o nosso, que tem R$ 700 milhões de dívidas e minha carga aumentar de 5 para 15 e se não vier ninguém de fora botar dinheiro aqui, o cube morreu. Sou a favor, tenho que ir adiante e trabalhando o clube numa ótima gestão para que caso venha se transformar uma empresa, esteja preparado. Se o Fluminense se transformar em empresa hoje, morre. Eu desafio a vocês a perguntarem se o Flamengo se transformará em empresa, o Bahia. Ser gerido como empresa sem ser empresa se gasta muito menos. O projeto é bom desde que os clubes estejam preparados. A nossa direção hoje trabalha incessantemente para que o clube tenha boa gestão. Não podemos única e simplesmente virar uma chave sem estar preparado. Estamos engatinhando para estar preparado para se transformar uma empresa. Tem vários clubes associativos no mundo que recebem investimento sem ser empresa. Que não saia notícia que sou contra o projeto. Eu acho que os clubes de menor porte, sem dívidas, vão se transformar em empresa rapidamente. Os grandes, de grande torcida acho que 70% ou 80% não tem preparo técnico para virarem uma sociedade empresaria – afirmou Mário.

Tudo sobre o Fluminense reunido no site número 1 da torcida tricolor.

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