Se Pedro Abad sofrer impeachment em 20 de dezembro, o estatuto do Fluminense prevê que o impedimento seja precedido de eleições no clube em até 45 dias. Mas se renunciar, hipótese mais provável, quem assume é Fernando César Leite, presidente do Conselho Deliberativo. Ele faz parte do grupo de Carlos Eduardo Cardoso, o Cacá, ex-vice geral, e Diogo Bueno, ex-vice de finanças.
Nas eleições de 2016, Cacá e Bueno se apresentaram como “oposição genuína”. Poucos dias antes de se juntar à chapa de Abad, Cacá Bueno questionava a legalidade de o atual presidente assumir o cargo devido aos seus compromissos como auditor da Receita Federal, além de ter feito outras inúmeras críticas. Após se unir a Abad e à Flusócio, o Unido e Forte dos dois ex-dirigentes, se retirou da gestão.
– Eu não poderia antecipar a eleição (em caso de renúncia). Caso isso aconteça, legalmente eu passaria a assinar documentos do clube como presidente. Mas essa é uma decisão que cabe ao presidente – explicou Fernando César Leite ao portal Uol.
Para não entregar o poder nas mãos de Cacá e seu grupo, Pedro Abad pode, como último ato na presidência, convocar uma assembleia geral propondo uma mudança estatutária para que aconteça uma nova eleição já no início de 2019. Desta forma, os sócios voltariam a decidir pelo futuro do Fluminense.