Não poderia ser mais tranquila a estreia do Fluminense na Copa do Brasil. Diante de um modesto adversário, o Tricolor jogou bem e atropelou o Globo-RN por 5 a 2, no Barretão, em Ceará Mirim. Lucas, Henrique Dourado (duas vezes), Wellington Silva e Gustavo Scarpa fizeram os gols do Flu. Denis e Glaucio descontaram. O de Scarpa, diga-se de passagem, foi antológico, antes da linha do meio de campo, aproveitando-se do goleiro adiantado.
Mesmo fora de casa, o Fluminense tomou a iniciativa ofensiva e saiu logo na frente após Wellington Silva fazer bela jogada individual e deixar Lucas cara a cara com o goleiro potiguar e soltar a bomba. O lateral-direito, diga-se, tornar-se-ia na sequência o grande nome tricolor na partida. Depois de marcar, chutou com força e viu Rafael largar a bola nos pés de Henrique Dourado: 2 a 0. E tinha mais. Ao receber passe de Douglas, cruzou rasteiro para o Ceifador balançar novamente a rede.
O Globo, mesmo com qualidade técnica para lá de inferior, era valente e ameaçava em finalizações de média e longa distância assustava. A diferença entre os times, no entanto, era gritante. Lucas foi derrubado na área e o árbitro marcou pênalti. Seria dessa vez o terceiro do Douradão? Não! Agora foi Sornoza quem quis se consagrar e desperdiçou. Na ânsia de fazer o primeiro gol pelo Flu, o equatoriano candidato a ídolo bateu com força e carimbou o travessão. Futebol é coisa séria. Poderia estar 8 a 0, mas o cobrador oficial tem de passar a mão na bola sempre. O castigo viria antes do intervalo com Denis, de peito, descontando a vantagem tricolor.
Sem se afobar, o Fluminense voltou para o segundo tempo com a serenidade necessária para tocar a bola e esperar os espaços aparecerem. Foi assim, de pé em pé, que saiu o quarto gol. Wellington Silva recebeu de Léo na entrada da área e bateu no cantinho. O melhor, porém, ainda estava por vir. Scarpa viu o goleiro adiantado e mandou por cima lá de trás do meio de campo. Um gol antológico e que merece indicação ao Prêmio Puskas.
Aí, com tudo resolvido, Abel Braga aproveitou para tirar jogadores importantes e evitar riscos desnecessários de lesão. Sacou Henrique e Scarpa e lançou Reginaldo e Pierre, respectivamente. Nem mesmo o gol de Glaucio, descontando a goleada para 5 a 2, estragaria a noite tricolor.
O Fluminense jogou com: Júlio César (Marcos Felipe), Lucas, Nogueira, Henrique (Reginaldo) e Léo; Orejuela, Douglas, Sornoza e Gustavo Scarpa (Pierre); Wellington Silva e Henrique Dourado.