Em 118 anos de história, há um título que ainda falta para compor a rica sala de troféus do Fluminense: a Taça Libertadores. Omaior torneio sul-americano é o grande sonho de conquista de boa parte dos torcedores tricolores – uma conquista que já bateu na trave.
Alguns dos jogos mais memoráveis de nossa história foram pela Libertadores, como a vitória nos acréscimos sobre o São Paulo no Maracanã em 2008 ou a classificação heroica diante do Argentinos Juniors fora de casa em 2011.
O Tricolor possui um aproveitamento de 56% dos pontos no torneio, sendo o 9º melhor do país entre as equipes com pelo menos 50 partidas disputadas na competição sul-americana, de acordo com o portal Sites de Apostas.
Relembre abaixo as campanhas do Tricolor carioca no maior torneio do continente:
1971: A estreia
A primeira participação do Fluminense na Copa Libertadores foi em 1971, um ano após a conquista do Torneio Roberto Gomes Pedrosa, primeiro título nacional do Tricolor. O grupo também tinha Palmeiras e os venezuelanos Deportivo Itália e Deportivo Galícia.
O título da edição 1971 da Libertadores ficou com o Nacional (URU), que superou os argentinos do Estudiantes na decisão.
1985: Pior campanha
Catorze anos depois, o Fluminense voltou a disputar o maior torneio do continente, já que havia sido campeão brasileiro em 1984. Caímos no grupo 1, com o Vasco e os argentinos Ferro Carril Oeste e Argentinos Juniors. A campanha, no entanto, é para se esquecer.
Isso porque o Flu foi eliminado na primeira fase sem sequer vencer uma partida. Foram três empates (0 a 0 e 3 a 3 contra o Vasco e 0 a 0 contra o Ferro Carril) e três derrotas (uma para o Ferro Carril e duas para o Estudiantes, todas por 1 a 0). O prêmio de consolo foi ter terminado à frente do Vasco, que teve os mesmos 3 pontos mas ficou atrás no saldo de gols.
Algoz do Tricolor, o Argentinos Juniors acabou campeão da Libertadores ao bater os colombianos do América de Cali nos pênaltis.
2008: Campanha memorável
O Fluminense só retornaria à Libertadores 23 anos depois, por ter vencido a Copa do Brasil de 2007. Mal sabia o torcedor tricolor o que aquela edição significaria para o clube.
A campanha na primeira fase foi espetacular. Em um grupo com Arsenal de Sarandí (ARG), LDU (EQU) e Libertad (PAR), o Flu se impôs e ficou com a liderança. Foram quatro vitórias (com destaque para a goleada por 6 a 0 sobre o Arsenal), um empate e uma derrota. Com 13 pontos, o Fluminense ficou com a primeira colocação geral, o que deu o direito de decidir em casa em todas as fases.
O mata-mata foi memorável, eliminando três campeões continentais. O primeiro foi o Atlético Nacional (COL), com duas vitórias (2 a 1 e 1 a 0). Nas quartas, veio o São Paulo. Após derrota por 1 a 0 no Morumbi, o Flu perdia a classificação no Maracanã até o inesquecível gol de cabeça de Washington, nos acréscimos, decretando a vitória por 3 a 1.
Na semifinal, foi a vez de eliminar o gigante Boca Juniors com nova vitória memorável por 3 a 1 de virada no Maracanã (após empate por 2 a 2 na Bombonera).
A decisão foi contra a LDU, adversário que o Flu já havia vencido na fase de grupos. Porém, a derrota por 4 a 2 no jogo de ida complicou a situação. Na volta, Bolaños deixou a vida do Tricolor ainda mais difícil ao abrir o placar no Maraca. Mas Thiago Neves brilhou com três gols (único jogador da história do torneio a conseguir o feito em uma final) e levou a decisão para as penalidades. O desfecho, todo torcedor tricolor prefere esquece: três pênaltis desperdiçados e um título inédito que escapou.
2011: Classificação heroica
Um ano após o título brasileiro, voltamos à Libertadores. Em um grupo com América (MEX), Nacional (URU) e Argentino Juniors (ARG), o Fluminense se classificou em segundo lugar de forma dramática após uma vitória por 4 a 2 sobre os argentinos fora de casa, dependendo de um empate entre Nacional e América. Foram duas vitórias, dois empates e duas derrotas, ficando atrás do time mexicano na classificação.
Se a vaga veio de forma dramática, a eliminação também. O adversário foi o Libertad (PAR) e o jogo de ida terminou com triunfo por 3 a 1 no Engenhão. Na volta, a derrota por 1 a 0 garantia o Flu nas quartas. Porém, dois gols nos instantes finais decretaram o 3 a 0 e a eliminação diante dos paraguaios.
O campeão da Libertadores foi o Santos de Muricy Ramalho e Neymar, que derrotou o Peñarol (URU) na decisão.
2012: Calamos a Bombonera, arbitragem e castigo no fim
Pela primeira vez, o Fluminense disputou a Libertadores em anos seguidos (terminamos o Brasileirão do ano anterior no G4). A primeira fase foi irrepreensível: 5 vitórias em 6 jogos em um grupo que também tinha Boca Juniors (ARG), Arsenal (ARG) e Zamora (VEN). O grande destaque da campanha foi a vitória por 2 a 1, fora de casa, com gols de Fred e Deco. Milhares de tricolores invadiram Buenos Aires e calaram a famigerada Bombonera.
Assim como em 2008, o Tricolor das Laranjeiras fechou com a melhor campanha da fase de grupos. Nas oitavas, o adversário foi o Internacional. Após um empate por 0 a 0 no Beira-Rio, o Flu levou a melhor no Engenhão: 2 a 1, de virada (gols de Leandro Euzébio e Fred).
Nas quartas, um novo confronto diante do Boca Juniors. Após derrota por 1 a 0 na Bombonera, com grande interferência da arbitragem, que não marcou pênalti claro a nossa favor, o Flu vencia os argentinos no Engenhão pelo menos placar até os 45 da etapa final, o que levaria para os pênaltis. Até que Santiago Silva marcou o gol de empate que tirou o Flu de mais uma Libertadores de forma bastante traumática.
O Boca terminaria com o vice-campeonato, perdendo o título para o Corinthians no Pacaembu. O Flu, no entanto, terminou o ano feliz com mais uma conquista do Campeonato Brasileiro.
2013: A última
A última participação do Fluminense em Libertadores foi há sete anos. Em um grupo com Grêmio, Caracas (VEN) e Huachipato (CHI), o Tricolor avançou em primeiro lugar, com três vitórias, dois empates e um derrota, superando os gaúchos.
O adversário das oitavas foi o Emelec (EQU), que venceu o jogo de ida por 2 a 1. No entanto, a vitória por 2 a 0 em São Januário deu a classificação ao Flu.
A exemplo de 2011, a eliminação veio para um adversário do Paraguai, desta vez o Olímpia: empate por 0 a 0 no Rio e derrota por 2 a 1 no Defensores del Chaco (de virada). Os paraguaios foram vice-campeões, perdendo o título para o Atlético-MG.