Sem muitas oportunidades na equipe do Fluminense, o meia Luquinhas acabou emprestado ao Oeste-SP, que disputa a Série B do Campeonato Brasileiro. Com passagem pelo STK Flu Samorin, filial tricolor na Eslováquia, o meia ainda busca seu lugar ao sol para mostrar seu potencial no futebol.
Em entrevista exclusiva ao NETFLU, Luquinhas falou sobre sua passagem no futebol europeu, os problemas financeiros do Fluminense, sua troca pelo meia Daniel, que estava no Oeste-SP e retornou ao Tricolor e ainda sobre o desejo de um dia retornar às Laranjeiras e fazer história no clube.
Confira na íntegra a entrevista do atleta:
1 – Em entrevista recente, você disse que Abel conversava sempre contigo, mas as oportunidades não apareceram. Você acha que existia um certo preconceito por conta da sua passagem pelo Samorin?
– Acho que não chegou a ser preconceito comigo ou com outros jogadores que passaram pelo Samorin. Trabalhei bastante, dava sempre o meu máximo nos treinamentos, para aproveitar da melhor maneira possível. Infelizmente essa oportunidade ou sequência não apareceu, mas eu sempre trabalhei dando o meu máximo para deixa uma boa impressão com toda a comissão.
2 – Como é feito esse comunicado do clube que o atleta vai ser aproveitado na Eslováquia? De qual maneira você encarou essa experiência?
– Quando eu recebi o convite do Fluminense, eu tinha acabado de jogar o Campeonato Baiano, fui muito bem, fiz gol na semifinal do campeonato e logo depois veio o convite. Eu e meus empresários vimos uma oportunidade, com bons olhos. À princípio eu ia para jogar seis meses lá e a gente renovou e atuei por uma temporada completa. Fiz 10 gols e pude dar sete assistências.
3 – Assim como você, o meia Daniel não vem tendo chances no Fluminense depois que houve a troca, mesmo com apenas dois meias no elenco. Como você enxerga o planejamento da montagem do plantel pela diretoria tricolor (com 13 atacantes e somente dois meias)?
– O Daniel é um garoto que tem muita qualidade, um cara que eu estou torcendo muito, espero que tenha mais oportunidades. No Flu, tem algumas posições que são carentes e outras não. Eu creio que no Fluminense alguns atacantes podem fazer mais de uma função. Isso é bom para o treinador, para a comissão, mas também tem o lado ruim porque também fica difícil para você colocar quem joga, quem fica no banco, mas acredito que tem excelentes jogadores (no elenco).
4 – Nessa troca para o Oeste, o Fluminense segue sendo responsável pelo seu pagamento ou o clube paulista assume essa questão?
– O Fluminense continua responsável pelo meu salário.
5 – Espera ser reaproveitado pelo Fluminense ao final do seu contato de empréstimo no Oeste?
– Espero ter uma sequência aqui no Oeste, espero poder jogar e ajudar o clube a conquistar seus objetivos no final do ano. E, consequentemente, espero sim um oportunidade no Fluminense, é o time que eu sonho vestir a camisa, ter uma sequência, jogar competições internacionais.
6 – Você foi consultado antes da troca ser feita com o Oeste ou foi apenas comunicado?
– O Paulo Angioni entrou em contato comigo e com os meus empresários, me deixou ciente de tudo que eu precisava de rodagem, de minutos em campo e eu concordei porque seria uma boa oportunidade para mim, pois estava há um bom tempo sem jogar.
7 – Como tem enxergado esses constantes atrasos salariais do Fluminense? Acaba interferindo dentro de campo?
– O Fluminense está vivendo um momento difícil financeiramente. À respeito dos atrasos salariais, eu acredito que não interfere dentro de campo. Até porque quando o atleta entra em campo, ele só se concentra em dar seu melhor, vencer a partida. Acredito que com os jogadores do Fluminense não seja diferente.
8 – Espera conseguir a redenção com a camisa do Oeste?
– Vejo como uma oportunidade de ouro. Já estava há um bom tempo sem jogar. Bem fisicamente, bem tecnicamente, mas não tive oportunidades. Agora é dar o meu máximo aqui no Oeste, dar meu melhor e fazer bons números e espero ter outras oportunidades no Flu, depois da Série B.
9 – Acredita que o Fluminense consiga terminar o ano com uma vaga na Libertadores, seja via Brasileirão ou Sul-Americana?
– Acredito sim. O Fluminense tem total capacidade. É um grupo jovem, mas que tem muita qualidade. Acredito que se acertar alguns detalhes vai conseguir uma sequência de três vitórias e vai ficar muito próximo da vaga. Estou torcendo bastante para que isso aconteça.
10 – Qual o momento que você considera mais marcante de sua carreira?
– Foi minha estreia no Maracanã, pela Sul-Americana, quando vencemos por 4 a 0. É um momento que vou guardar para o resto da minha vida.